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terça-feira, 19 de julho de 2011

O QUESTIONÁRIO

(Trecho extraído de artigo da jornalista Dorrit Harazin para O Globo)

Barack Obama ao ser eleito presidente dos EUA, entregou um formulário de 7 páginas e 63 perguntas a serem respondidas por todo postulante a qualquer cargo de confiança no governo. Não escaparam do questionário sequer os 150 nomes de sua preferência para algum dos 800 cargos que nos Estados Unidos exigem aprovação do Congresso.
O questionário fuçava o passado pessoal, financeiro e profissional do candidato, e cobria os dez últimos anos de cada respondente.Além de exigir respostas igualmente detalhadas sobre as atividades de filhos maiores e cônjuges, incluia eventuais conflitos de interesses, possíveis mimos recebidos de lobistas, escapadelas amorosas. A pergunta de número 13 gerou arrepios: "Alguma vez você enviou uma mensagem eletrônica - e-mail, mensagem de texto ou SMS que pode causar embaraço a você, sua família ou ao presidente caso venha a público ?
O questionário acabou excluindo a megaempresária de Chicago Penny Pritzker, herdeira de uma família que há 30 anos frequenta a lista das mais ricas dos Estados Unidos, e que arrecadara 750 milhões de dólares para a campanha democrata. Penny era a escolha de Obama para ocupar a pasta do Comércio.
Segundo a equipe de advogados que elaborou o questionário, ele não se destinava a eliminar candidaturas.Pecadilhos podiam perfeitamente ser relevados, já que todo o bípede os tem. A finalidade do crivo era evitar surpresas e impedir a frase mais repetida em Brasília:"Eu não sabia"

Dorrit Harazin

Blog: No Brasil tal questionário deveria se distribuído a todos os canditados. De Vereadores a Presidente da República. O risco seria não termos candidatos em número suficiente para o preenchimento dos cargos. 

ER

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