Conversa imaginária acontecida no dia 20 de março de 1819, numa colina situada às margens do Sapucaí.
Esposa: Ô Lourenço, que churrascão animado o de ontem. O povo ficou até altas horas em volta da fogueira, tomando cachaça e beliscando carne. A maioria só voltou para as barracas no Porto Velho, agora de manhã.
Padre: Festa é assim mesmo mulher. O povo, de vez enquando, precisa de uma distração.
Esposa: Ô Lourenço, ainda não tive tempo para comentar. Bonito o seu palavreado durante a missa. Mas que história foi aquela de "primeira missa da Vila".
Padre: Sinceramente não sei o que me deu na cabeça na hora. Voltar para Soledade de Itajubá, não dá mais. Prá desce o rio todos os santos ajudam, mas prá subir...
Esposa: Mas não seria muita responsabilidade criar uma Vila, vamos dizer assim, começando do zero ?
Padre: Olha minha filha, vejo muito futuro neste pedaço de chão. Vai crescer, vai gerar muita riqueza, muito estudo e bem estar para o povo.
Esposa: Você sempre foi um sonhador Lourenço. Não pensa nunca nos problemas que podem acontecer.
Padre: Mulher, vamos tocar a vida prá frente. Problemas, problemas, só irão aparecer daqui uns 190 anos.
José Tipica
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