Translate

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

NO LIMITE DA DOIDICE

Escreveu Lia Luft na Veja desta semana:

"Com o ensino cada vez pior - e ainda por cima sendo mais difícil conseguir uma reprovação - temos gente saindo das universidades quase sem saber coordenar pensamentos e expressá-los por escrito, ou melhor: sem saber o que pensar das coisas, desinformados e desinteressados de quase tudo. Fico imaginando como será em algumas décadas. A ignorância se alastrando pelas casas, escolas, universidades, escritórios, congressos, senados..."

Blog: Agradeço por ter passado pela escola em outra época. Confirmo: sempre fui um péssimo estudante. Tive aulas de latim, de francês, de música, de trabalhos manuais, de inglês, de desenho geométrico e descritiva e por aí afora.
Importante foi a formação política. Com professores e com colegas.

Muita coisa interessante, mas também muita doidice. Localizei hoje o "Catecismo Revolucionário" do Sergei Netchaiev. Acreditem: Existiam apologistas do revolucionário anarquista Netchaiev, em plena Itajubá década de 60.
Escreveu o russo:
"... O revolucionário é um homem que faz o sacrifício da sua vida. Não tem negócios ou interesse pessoais, nem sentimento nem afeições, nem propriedade, nem mesmo um nome. Nele tudo está absorvido por um só interesse exclusivo, um só pensamento, uma só paixão: a revolução. Um revolucionário despreza a opinião pública. Tem desprezo e ódio pela moral social atual, pelas suas diretivas e suas manifestações. Para ele o que é moral, é o que favoriza o triunfo da revolução, o que imoral e criminoso, é o que a contraria. Entre ele e a sociedade, um combate de morte é travado, uma luta aberta ou clandestina, sem tréguas e sem misericórdia. Deve estar preparado para suportar todos os tormentos..."

Por decorar e repetir textos como este, puramente caçoando, assumi o tratamento que até hoje me acompanha, inclusive nos comentários:
"Camarada".

ER   

Um comentário:

Anônimo disse...

Que pena..logo vc camarada!