Translate

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

BANDEIRINHA

Bons tempos quando o futebol era a principal  atração domingueira em Itajubá. Estou lembrando do que ninguém lembra: juízes e bandeirinhas.
A terrinha teve grandes árbitros. Seu Juju (as más linguas diziam que ele torcia para o Yuracan) era um pouco gordo mas seguia os lances em cima. O Filazinho, severíssimo que apitava os jogos com calça comprida branca de linho. O Lucrécio (da Prefeitura), o meu amigo Mandi (da Varginha) e o Batuque (da Imbel) marcaram época. Todos eles conheceram o gostinho de deixar o estádio Major Belo Lisboa dentro de um camburão da polícia.
A torcida encrenqueira era sempre a do Vasco da Boa Vista.
Quando juntava na torcida o Sr. Ditão, Sr. Donguinha (só colocava lenha na fogueira) e os irmãos Colósimo, sai de baixo. A polícia pedia reforço em Pouso Alegre.
Mas uma coisa até hoje não entendi: o que levaria uma pessoa a ser bandeirinha ?
Não decide nada, é dificílimo definir alguns impedimentos, a mãe  recebe "elogios" em todas as linguas e não ganha praticamente nada.
Já tive oportunidade de questionar diversos "bandeiras" sobre a motivação para assumir essa posição suicída.
Nenhum conseguiu explicar.
Indaguei um veterano bandeirinha, hoje senhor de quase 80 anos, sobre qual o insulto da torcida que mais o incomodava. Ele respondeu na bucha:
- Quando me chamavam de "charreteiro".
Fiquei sem saber a razão.

ER 

Um comentário:

Aldo disse...

BH tinha um juiz, que eu alizás conheci muito, que tinha o apelido de "Cidinho Bola Nossa". Isso porque em uma disputa de bola em um CruzeiroxAtletico ele entregou a bola ao jogador atleticano e gritou, entusiasmado: —A bola é nossa! A bola é nossa!