Translate

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

JORNAL TERÁ REDAÇÃO ABERTA À COMUNIDADE

Deu no: Jornalismo nas Américas
             Summer Harlow
 
Blogueiros, jornalistas cidadãos, repórteres profissionais e leitores de jornais atuarão juntos em um novo conceito de redação aberta à comunidade anunciado pela empresa de mídia Journal Register Company, com sede em Connecticut, informou a Editor & Publisher.
A empresa explicou que, como parte de sua política de colocar o "digital em primeiro lugar”, vai transferir a redação de seu jornal, The Register Citizen, para um velho armazém, para permitir um maior “acesso da comunidade e uma maior participação dos leitores no processo de apuração das notícias”.
A nova redação aberta à comunidade incluirá um “laboratório de meios comunitários”, no qual blogueiros e colaboradores poderão trabalhar; uma “sala de reuniões comunitária”, que funcionará como sala de aula para a Escola de Jornalismo Comunitário do jornal; uma “cafeteria da redação”, com café, bolinhos e internet sem fio gratuita para a comunidade e um arquivo que os leitores poderão consultar.
O blogueiro Bud Wilkinson admitiu que seu lado "jornalista jurássico" pensou inicialmente: “se, por telefone, é fácil dizer a uma pessoa que tenho um prazo a cumprir e não posso falar, pedir a alguém que me deixe em paz pessoalmente será um pouco mais difícil".
Mas ele diz que vê duas boas razões para a criação de uma redação aberta: “Ela dará espaço a matérias que, de outra maneira, não seriam sugeridas, porque, literalmente, inclui a comunidade no processo de apuração das notícias, além de oferecer conteúdo gratuitamente”.
No entanto, Wilkinson também lamentou: “É nisso em que o negócio das notícias se transformou. Já não se trata mais da cobertura de notícias —de investigar corrupção na prefeitura, apurar desperdício de dinheiro do contribuinte ou ajudar quem é incapaz de ajudar a si próprio—, mas de oferecer conteúdo. Não importa se esse conteúdo é, em grande parte, formado por notícias não tão relevantes, mal escritas e cheias de buracos. O que importa é que o site seja atualizado com frequência, mesmo que com informações deficientes e incompletas. Quem precisa de um jornalista qualificado e com experiência ou de um bom narrador?”
Mateo Ingram escreveu para o GigaOM que o aspecto mais interessante desse novo conceito de redação é que ele não se baseia na imposição de um preço para o acesso ao conteúdo, como fazem alguns jornais atualmente.
Para ele, está se criando um novo “ecossistema de noticias”.
E acrescentou: “É bom ver um editor que não somente fala sobre colocar o 'digital em primeiro lugar', como põe em prática o que diz".

Blog: Caberia raciocinar nesses termos na Tecnópolis de Itajubá ? Perdão, mas não creio nisso nos próximos 50 anos.

ER


2 comentários:

Helem - Assessoria de Comunicação disse...

É compreensível certa insegurança porque tudo é muito novo. Mas hoje, devido principalmente às redes sociais, a internet (ou web 2.0, como denominam) é um caminho sem volta. A informação se constroi numa via de mão dupla, ou melhor, múltipla! Há que prevalecer bom senso, talento e liberdade neste novo tempo da informação

Anônimo disse...

Num lugar em que se vai construir um cristo para os pobres terem onde ir, internet engatinha.