Translate

domingo, 3 de outubro de 2010

SE NÃO EXISTISSEM PESQUISAS


Imaginem se não existissem as famigeradas pesquisas qualitativas, que ao meu ver não têm serventia nenhuma, a não ser fornecer munição aos marqueteiros para moldar e plastificar os candidatos. O candidato Serra deixou de ser o José Serra inteligente e combativo que todos os brasileiros conhecem. A candidata  Marina virou "natureba" demais e se não pronuncia a palavra "sustentabilidade" 300 vezes por dia...
A candidata Dilma sofreu uma metamorfose. Virou uma espécie de "senhora do tempo", que anuncia as previsões climáticas na TV. Tudo, inclusive os discursos, fisionomias e palavras, são ditados pelas pesquisas.

Se não tivéssemos conhecimento de pesquisas eleitorais (numéricas) eu diria que a candidata oficial teria menos votos que o antigo e brincalhão comunista, Plínio.

Olha que converso com muita gente. Dos mais humildes aos mais privilegiados. E nesses últimos três meses só deparei com dois votos no Lula. Observem que nem era citado o nome Dilma.
Não que os meus conhecidos, amigos e conterrâneos, manifestassem claramente sua opção por Serra ou Marina. Simplesmente com todas as letras, abominavam a possibilidade de Dilma vir a ocupar a presidência (e acreditem ou não: entre eles, muitos petistas de primeira hora).

Como propaganda demais não me impressiona, pela análise "à antiga" do quadro eleitoral, a disputa, duríssima por sinal, seria entre Marina e Serra.

Não é o que acontece. Ou os eleitores da Dna. Dilma se sentiam acanhados (para não dizer outra coisa) de declarar as suas preferências, ou essa avalanche humana se esconde muito bem nos mais profundos grotões da pátria.

Isso é democracia. 

ER    

Nenhum comentário: