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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

IDEOLOGIA TEM HORA

Já contei no blog que num momento de arroubo ideológico, troquei na parede do meu quarto, em 1968, o poster da Jaqueline Bisset, pelo de Ho Chi-Minh, o grande lider do Vietnã, que derrotou os americanos.
Pois bem, relendo o livro "A Lanterna na Pôpa" - Memórias de Roberto Campos, deparei com uma historinha interessante.

"Di Cavalcanti, o pintor brasileiro, comunista de carteirinha, recebeu instruções do Astrogildo Barata (um dos fundadores do "partidão" no Brasil), para esperar no cais do porto, no Rio de Janeiro, um passageiro indochinês, que viria de Buenos Aires na "terceira classe", com chapéu colonial inglês e traje curto de escoteiro.
Era Ho Chi-Minh, que seria depois o grande revolucionário vietnamita. Acabara de participar de uma conferência em Buenos Aires, a convite de Rodolfo Ghioldi, o lider comunista argentino.
As instruções de Di Cavalcanti eram levar Ho Chi-Minh a Astrogildo Pereira, para entendimentos partidários.
Ao descer do navio, Ho Chi-Minh, aparentemente saturado de discursos ideológicos, foi logo dizendo (em francês): - foi me dito que há muitas mulatas no Brasil.
Di, especialista no assunto, levou-o ao Mangue, onde prostitutas amigas abrigaram os dois por três dias, até a partida do navio.
Foi uma infidelidade carnal e ideológica ao Partido..." 

ER

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