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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

VIRGOLINO, APELIDO LAMPIÃO

LAMPIÃO E MARIA BONITA

Virgolino Ferreira da Silva nasceu em 1897 no município de Vila Bela, atualmente Serra Talhada, no Estado de Pernambuco. Seu pai, por motivos políticos, foi assassinado pela polícia a mando da família Nogueira. O jovem Virgolino resolveu fazer justiça pelas próprias mãos e matou quase toda a família adversária. Fugindo pelo sertão nordestino acabou entrando para o bando de Sinhô Pereira.
Posteriormente juntou o seu proprio bando e durante 19 anos aprontou escaramuças pelos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Sergipe. 
O seu bando roubou, sequestrou, assassinou e por tratar bem os miseráveis virou lenda, como se fosse um Robin Wood do sertão.
Numa famosa entrevista concedida em Juazeiro, disse: " Para manter o meu grupo, peço recursos para os amigos e tomo à força dos que negam a prestar-me auxílio".
Tinha 49 homens bem armados e conhecedores de toda a região. Chegou a ter 30.000 soldados em sua caça. Seus principais cangaceiros foram: Corisco, Cabeleira, Brilhante, Meia-Noite, Xumbinho e Volta Seca. Quase todos carregavam no bando as suas mulheres, como Maria Bonita (Lampião) e Dadá (Corisco).
O bando foi dizimado no dia 28/7/1938 na Fazenda de Angicos, no Sergipe, em emboscada armada pelo Ten. Bezerra, Sargento Aniceto e 50 soldados, da polícia sergipana (macacos, como os cangaceiros os chamavam). O casal Lampião e Maria Bonita teve uma filha (Expedita) e  tem muitos descendentes em Pernambuco. 
Ontem, em Belo Horizonte, morreu o último dos cangaceiros do bando de Lampião. Moreno (Antonio Inácio da Silva) faleceu com 100 anos. Era casado com a companheira de lutas Jovina Conceição (Durvinha), que havia falecido em 2008.

Lampião e seu bando viraram lenda. Para uns, bandidos. Para outros, heróis.

ER


3 comentários:

Anônimo disse...

DCL - Departamento de Conselhos Leiturais:

"Guerreiros do Sol".
Frederico Pernambucano de Mello.
Meio pedreira no começo: palavreado e fraseado meio "tese de sociologia".
Prazeirosamente legível, porém, depois que o carro pega.
Histórias muito bem documentadas do início e do meio (o fim, quando o fim, senhor Deus??!!) do jaguncismo, do capanguismo e do cangaço no NE.
Tudo lá; Lampião também...

Pode ler, seu Edson José.
Satisfação garantida ou seu dinheiro de volta.
Abraços, daqui dos altos da rua Nova, antes que os novos jagunços que, parece, já batem ás nossas portas, resolvam regulamentar também nossa língua de trapo.

Edson Riera disse...

Boa dica de leitura. Esse assunto do cangaço me chama a atenção. Estou lendo o livro "Padre Cícero" e depois vou atrás da sua indicação.
grato
edson

Edson Riera disse...

Boa dica de leitura. Esse assunto do cangaço me chama a atenção. Estou lendo o livro "Padre Cícero" e depois vou atrás da sua indicação.
grato
edson