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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

ECONOMIA INFORMAL

Existe economia informal no Brasil? Como se estima isso? Que base utilizam para afirmar que a "atividade marginal" cresceu ou diminuiu tantos por cento? Alguns ou todos os que passam os olhos no "viver é perigoso" dirão: - O cara pirou! Tocar nesse assunto tão delicado...   
Todos sabem que existem e praticamente todos frequentam algum tipo de irregularidade fiscal, desde advogados, professores, políticos (nem se fale), engenheiros, médicos, industriais, comerciantes, enfim, todos.
Alguns setores já praticam na "cara de pau" e oficializam o "é com nota ou sem ?". Outros já dão uma disfarçada básica: "quer com gravata, sem gravata ou com uma gravatinha borboleta?" 
As próprias autoridades já sabem disso e o mais grave, imagino que internamente consideram essas "escapadelas" como essencial para a sobrevivência do negócio e para a manutenção de uma contribuição fiscal dentro dos parâmetros estabelecidos.
Querem ver uma mudança rápida de site ? O blog pergunta:
- Você vende sem documento?
- Você subfatura?
- Você recolhe todos os tributos?
Se sentiu incomodado ? Bom sinal. Você ainda têm um mínimo de consciência. Não sentiu? Não tens mais cura.
Conheci um empresário bem sucedido que me dizia o seguinte:
" - Certa época da minha vida comecei a imaginar ter meus filhos ao meu lado por ocasião de todas as negociações. Fechava os olhos e os via sentados na poltrona ao lado.
As coisas não andavam mais. Se não os expulsasse da sala, ou melhor, do meu pensamento eu teria fecharia a empresa."
Muitos buscam conforto nos empregos gerados, na parcela de impostos recolhidos (valores embutidos nos preços de venda), na comparação com outros que transgridem mais, ou na máxima do Roberto Carlos: daqui para frente vai ser tudo diferente.
Certa vez, conversando com um empresário do setor hoteleiro (fora da cidade), ele reclamou que os impostos estavam acabando com o seu negócio e citava o imposto sobre serviços municipal - ISS, que na ocasião era de 2 ou 3%.
Mesmo sem ser do meu interesse, ele fez questão de registrar o valor que pagava, com certeza o fazendo com um certo acréscimo. Com a curiosidade despertada, ainda perguntei sobre o números de apartamentos/quartos do seu estabelecimento. Sabedor do valor médio da diária, fiz uma rápida conta e lhe disse:
- Pelos números, o senhor tem alugado apenas 1 (um) apartamento/quarto por dia. Não mais do que isso.
Ficou com raiva, virou as costas e foi embora.
Não me levem a mal. Não tocarei mais neste assunto. Afinal viver é muito perigoso.

ER  


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