DURMA COM UM BARULHO DESSES

 

Até doçura precisa de limite se não mela e beira o ridículo.

Refiro-me ao tratamento dispensado entre os casais. Outro dia (razão dessa postagem) ouvi uma senhora perguntar (som alto) para o marido (suponho) no supermercado:
- Tigrão, já pegou o azeite ?
E ele devolveu:
- Já fofinha (e o fofinha alí era passado longíguo).

"Já ouvi, bombonzinho" prá lá e prá cá.

O terrivel benhêeee chega a irritar. O que leva a isso?

Creio que um "bem", ou no máximo um "benzinho", já está de bom tamanho, principalmente para os casais já no outono da vida.

Outro dia na sorveteria do seu Edgar (o melhor sorvete e a melhor vitamina do mundo) ouvi, meio que sem querer, o panacão do marido dizer:
 - Xuxuzinho (?), cê qué vevete ou lelé ?
Isso traduzindo do babaquês quer dizer:
- Você quer sorvete ou picolé ?
E não parou por aí... Ela toda dengosa respondeu:
- Benhêee, eu prefiro cocóca.
Traduzindo: ela não queria sorvete e nem tão pouco picolé. Queria pipóca (possivelmente do carrinho em frente ao Banco Real).  

Já  ouvi de um casal conhecido (não amigo), o tratamento de "totó" prá cá e "lulú" prá lá. Não dá.

Um professor já aposentado, também conhecido, chama a simpática esposa (pasmem) de "uvinha". Isso em público!

Txutxuca, feijãozinho, rosquinha, pudinzinho...

Vamos criar juízo gente !

ER