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terça-feira, 17 de agosto de 2010

CHUTANDO O BALDE

Para nós do Sul de Minas o correto e mais gostoso é "chutar o barde". Parece que vai mais longe e esparrama muito mais.
Todos nós já sonhamos em fazer pela seleção brasileira um gol de bicicleta, aos 45 minutos do segundo tempo, e vencer a final da Copa por 1x0 (de preferência contra os argentinos).
Sonho pequeno e humilde.
Sonho bom que nos faz esboçar um sorriso sacana é imaginar uma chutada caprichada no balde naquele emprego chato.
Ganhando menos que aquele puxa-saco da mesa ao lado, tendo um chefe burro, e numa empresa que nem compensa as janelas de feriados.
Quem nunca imaginou ganhar na loteria e jogar a mesa com papéis e tudo lá do 10º andar? Não existe prazer maior do que aquele que nunca acontecerá.
Alguns treinam em casa no banheiro os gestos e palavras que serão ditas na ocasião. Com a mega acumulada, os desejos de vingança se acentuam. Outros pensam em comprar a empresa só para poder humilhar e dar ordens ao ex-chefe.
E as demissões em massa?  Que delícia!
- Ah, a Dna Maria do cafezinho eu vou manter no emprego e ainda dar um polpudo aumento de salário. Engenheiros daqui prá frente, só da Unifei e do Inatel.
Pura besteira.
Basta o chefe indicá-lo para uma importantíssima reunião no setor de normalização técnica em Brasília (2 diárias) que o mundo se transforma.
- E esse telefone que não toca para eu dizer para o mundo sobre o meu tédio por mais essa viagem... 
Se a viagem for para o exterior? Meus sais! Meus sais! Ah, isso aqui tá muito bom, isso aqui está bom demais.
Mais um ano sem reajuste salarial. 

ER

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