Translate

quarta-feira, 28 de julho de 2010

MUDARAM A HISTÓRIA DA MÚSICA


O violão existe de 1200 a.C. Os primeiros fabricados em massa, não amplificados e com cordas de aço, foram feitos por Orville Gibson na década de 1870. Em 1884 foi fundada a Gibson Company. O imigrante alemão C.F.Martin abriu a sua fábrica de violões em 1900. Em 1924, o engenheiro Lloyd Loar projetou os primeiros captadores que se tem notícia. Somente 10 anos mais tarde, em 1934, que fabricantes como a Gibson, Rickenbacker e a National começaram a fabricar guitarras com captadores.
Os primeiros solistas de blues usavam o popular modelo Gibson ES-150, de corpo oco.
A famosa guitarra de B.B. King, batizada por ele de "Lucille" é uma Gibson ES-335 de corpo semi-sólido.
Leslie Polfuss, nascido no Wisconsin, e que ficaria conhecido com Les Paul foi quem criou a guitarra de corpo sólido. Em 1941 ele construiu o seu modelo na fábrica de guitarras da Epiphone em Nova York. Além de ser um músico talentoso, Les Paul era um gênio da eletrônica. No final dos anos 30 foi o pioneiro na gravação com multiplas entradas, mais tarde chamado de gravação multicanal.
Em 1951 fez muito sucesso com gravações feitas com sua mulher, a cantora Mary Ford.
Nesse meio tempo, dois vizinhos Paul Bigsby e Leio Fender, que fundou a Fender Company em 1947, estavam no mesmo caminho. Fender fabricou o seu modelo Broadcaster em 1948, rebatizado de Telecaster em 1950.
Em 1952 a Gibson lançou a primeira guitarra de corpo sólido, modelo Les Paul. Nos anos seguintes, diversos modelos Gibson Les Paul foram lançados, como: Custom, Junior e Standart ou SG.
Em 1953, Leo Fender lançou a sua Stratocaster de corpo sólido e triplo captador. Buddy Holly usava uma Stratocaster. James Burton (que solou Suzie Q) usava uma Telecaster. Eric Clapton tocava e toca a Gibson Les Paul. Mesmo canhoto, Jimi Hendrix preferia uma Fender Stratocaster com o encordoamento invertido.
Como tenho mania de anotar os modelos de guitarra usados pelos "grandes", irei escrevendo sobre isso. É história.
ER

4 comentários:

Saulo Caridade disse...

Zé, Segue uma colaboração para o assunto.

A Red Special - A obra prima de Brain May (Queen)

Por volta de 1963, o papai May, engenheiro eletrônico, resolveu ajudar o filho Brian a possuir uma guitarra elétrica.
O garoto não se decidia. Não sabia o que mais lhe agradava. Uma Fender Strato ou uma Gibson Les Paul? Na verdade, Brian queria algo diferente. Não sentia muita atração pelos modelos disponíveis e juntava a isso o fato de não ter dinheiro nem para as cordas destas guitarras.
Assim nasceu a idéia de construir um instrumento e já que os May iriam arriscar numa guitarra caseira, pra que copiar ? - '... vamos criar uma nova guitarra.'


A Red Special têm um design único, projetado pelo próprio Brian aos 15 anos de idade.
O braço em mogno, vai até o meio do corpo da guitarra e nele são fixados dois dos 3 captadores do instrumento. A escala, que parece ébano, é na verdade carvalho pintado de preto com um verniz inglês chamado Rustin's Plastic Coating. As marcações, ou dots na escala, foram feitos com uma antiga caixinha de costura da Senhora May, que também cedeu uma grossa agulha de tricô que se revelou uma excelente alavanca de trêmolo.

Os May, gênios ingenuos, não pararam por aí. Na hora de pensar no trêmolo, Brian disse que esperava por um mecanismo que lhe desse um longo alcance. No mínimo um tom e, detalhe, exigiu que as cordas voltassem exatamente a afinação após o uso do trêmolo. Piada.
De qualquer forma, eles passaram a estudar vários projetos para um mecanismo que, no mínimo, corrigisse os erros que eles consideravam existir nos modelos da época.


Logo atrás, a agulha de tricô sacudia-se contra um lâmina de faca escondida sob o tampo do instrumento. O design usava duas molas de motocicleta suspensas por parafusos. Quando a alavanca era pressionada a chapa do trêmolo comprimia as molas, o que resultava num excelente controle. Estando as cordas quase retas desde a ponte até as tarachas e com pouco atrito, o sistema mantinha afinação muito bem, para um mecanismo sem travas.
Para a época, revolucionário.
E é claro que se até aqui tudo era novidade, não era na parte elétrica que o Sr. May iria deixar por menos.

Após uma tentativa frustrada de montar seu próprio captador, Brian fez uns bicos na loja da Burns e finalmente se tornou um orgulhoso proprietário de um set de pickups Burns Tri-Sonic com coberturas metálicas.
Primeiro as bobinas foram vedadas com Araldite para ajudar na redução da microfonia. Em seguida os captadores foram presos diretamente ao corpo, e depois de alguns testes a dupla decidiu que a configuração seria a seguinte: cada captador passava por dois pequenos seletores de duas posições, a primeira fila, perto dos captadores, sendo on e off para cada um e a segunda fila sendo a reversão de fase de cada um.

A fiação permite um número de diferentes configurações e tons. Com dois ou mais captadores juntos o som era combinado em série, não paralelo como nas stratos por exemplo, isso aumentava a saída e dava a guitarra seu famoso som gordo de humbucking quando combinado com um treble booster num Vox AC30 .

Para Brian sua guitarra fica entre a Strato e a Les Paul. Adicionando as peculiaridades do sistema de trêmulo e o forte ganho de saída, ela só é comparada às guitarras 'heavy metal' dos anos 80.

Nada mal para dois curiosos tentando construir uma guitarra pela primeira vez, enfiados num quartinho inglês no meio dos anos 60.
E o resto é história. Alguns anos mais tarde este Pinocchio elétrico certamente mudou os caminhos da música e da guitarra em sí, e apesar das réplicas, cópias e imitações esta guitarra continua única e insubstituível.

Edson Riera disse...

Saulo.
Espetacular. Não sabia disso.
Quando moleque tentei começar a construir uma guitarra. Era de fórmica (de mesa de bar). Levei um choque no periodo construtivo e parei. Comprei um violão Gianinni na Casa Haddad (na rua nova) e por aí morreu o futuro guitar heroe

edson

Saulo Caridade disse...

Tem mais uma curiosidade sobre Brian May.

Ele não usa palhetas plasticas para tocar as cordas da sua Red Special. Usa desde muito tempo moedas de Six Pence, mais ou menos do tamanho de nossa moedinha de um centavo, e da mesma cor.

Mais uma. ele é Phd em astrofisica pela Imperial College in London.

Anônimo disse...

I would like to thnkx for your efforts you've set in producing this weblog. I'm hoping the same high-grade website article from you in the upcoming as well. In fact your creative creating abilities has inspired me to obtain my own weblog now. Truly the running a blog is spreading its wings quickly. Your write up can be a great example of it.