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quarta-feira, 14 de julho de 2010

FURO NA HISTÓRIA DA CINDERELA


Aprecio muito o escritor Rubem Alves. Ontem lendo sua cronica, concordei com um erro crasso ocorrido na história da Cinderela - A Gata Borralheira.
Pois bem: A fada deu uma mãozinha para ela e tudo se transformava, quando das festas no castelo do garboso príncipe.
Roupas bonitas, jóias, cocheiros, carruagem e os famosos sapatinhos de cristal.
Tinha um porém: Tudo durava até a meia noite. Na última badalada do relógio, os cavalos voltavam a ser ratos, a carruagem abóbora, etc.
O príncipe ficou apaixonado pela bela e misteriosa moça. A madrasta má e as duas irmãs estavam desesperadas.
No último baile, quando a Cinderela foge deixando para trás, o famoso sapatinho, que no futuro serviria para o príncipe sair testando pezinhos, tudo volta ao normal.
Por que o sapatinho perdido continuou de cristal ? O correto não seria também voltar a ser um chinelinho alpargatas ?
Estou normal. Só chateado por não ter percebido isso nos últimos 50 anos.
ER

2 comentários:

Bah Gorgulho disse...

Zézinho

Não fique chateado não.
Nos contos de fadas, determinados objetos mágicos têm capacidades sensoriais e de transporte que são hábeis metáforas.
Antes da invenção da carruagem, coches e bigas, antes da domesticação de animais para tração e montaria, aparentemente a imagem que representava o corpo era a do objeto mágico. Peças do vestuário, como saparo, vestido, amuletos, talismãs e outros, transportavam a pessoa para o outro lado do rio ou do mundo. Ou seja.. de uma situação indesejada, para uma situação melhor de vida.
As história mostram-nos a saída e apesar das dificuldades abrem para nós portas amplas em paredes anteriormente fechadas. Aberturas que nos conduzem ao amor e ao aprendizado.
Há 50 anos não perceberíamos mesmos essa profundidade das mensagens.
Um abraço

Edson Riera disse...

Bah,

Você me convenceu. Mas acredite. Nos finais de semana vou tirar um tempo para rever as histórias que ouvimos. Irei começar por Alí Baba e os Quarenta ladrões. Está me parecendo muito atual. Abre-te Sézamo !
abraço,
zezinho