Translate

quarta-feira, 7 de julho de 2010

FALANDO DO FUTEBOL ESPANHOL


As diferenças culturais e políticas são muito acentuadas na Espanha. Chegam a falar línguas diferentes e têm hinos e símbolos próprios. Isso é secular e se acentuou mais durante a ditadura franquista.
Trabalhei alguns anos para um grupo empresarial espanhol, mais precisamente basco, da região de Navarra, com sede em Pamplona. Tive oportunidade de estar por lá diversas vezes à trabalho. Sempre procurava viajar na sexta-feira para aproveitar o final de semana conhecendo mais o país.
Lógico que aos domingos dava um jeito de ir ao futebol.
Irei falar dos estádios que conheci e da impressionante paixão dos espanhóis pelo futebol e o respeito que têm com os craques brasileiros. Conheci em Madrid o estádio Santiago Bernabeu, que fica no centro da cidade e tem capacidade para 80.000 pessoas. Muito confortável. Cultuam demais os seus maiores jogadores, como o argentino Di Stefano, o húngaro Puskas, o francês Kopa, o brasileiro Didi, e outros.
Outro gigante que tem mais a minha simpatia (pelas origens) é o Camp Nou em Barcelona, que aparece na foto acima. Tem capacidade para 90.000 expectadores. Tem um museu nas próprias instalações com destaque a todos os seus atletas do passado, como os brasileiros Evaristo, Romário, Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho, bem como o excepcional húngaro, Kubala.
Estive outras vezes no San Marmés, estádio do Atlético de Bilbao, no país basco. Muito antigo e bonito, com capacidade para 40.000 pessoas.
Em Bilbao o Atlético é como uma religião. Perder ou ganhar são detalhes. Como curiosidade, só atuam no clube de Bilbao, jogadores bascos. Não aceitam nem espanhóis de outras regiões.
Assisti a uma partida com o maior ídolo da história atleticana, o craque Etxeberria, já veterano. Mais recente assisti jogando o Llorente, centro-avante reserva do Fernando Torres na atual seleção.
Fiquei sabendo que já jogou um brasileiro no Atlético de Bilbao, chamado Vicente Biurrun, de fortíssimas raízes basca.
Comprei uma camisa do Atlético (na loja do próprio estádio) onde tem um escudo escrito: "Euskadi", que em basco quer dizer "Pátria Basca".
Estive uma vez, em Barcelona, no estádio utilizado pelo Espanhol. Foi o estádio construído para as Olimpíadas. Nesse estádio foram disputadas todas as provas de atletismo.
Hoje o Espanhol tem um estádio novo, que não conheço.
Também em Barcelona não existe mais o estádio de Sarriá, de triste memória para nós brasileiros. Foi lá que a maravilhosa seleção de Telê Santana foi desclassificada pela Itália em 1982.
São memórias. Bobas, mas "sweet memories ".
ER

Nenhum comentário: