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quarta-feira, 2 de junho de 2010

NA CONTRAMÃO !


É quase impossível encontrar o rastro de um artista com as palavras que não tenha sido ativamente hostil ao seu ambiente e, portanto, um patriota indiferente. Dante, Shakespeare, Tolstói, Mark Twain, Goethe, Rabelais, Cervantes, Swift, e outros, todos críticos amargos de seu tempo e nação. Muitos deles odiados por seus contemporâneos e alguns até fugitivos de iras e represálias.
Dante condenou todos os patriotas italianos de seu tempo ao inferno, e descreveu-os fervendo, fritando e se debatendo em ganchos.
Cervantes desenhou um quadro tão devastador da Espanha em que vivia que quase arruinou os espanhóis.
Shakespeare fez dos estrangeiros seus heróis e, dos ingleses, seus palhaços.
Goethe era a favor de Napoleão.
Rabelais, um cidadão da cristandade e não da França, chacoalhou de tal forma essa cristandade que até hoje ela não se recuperou.
Swift, tendo liquidado os irlandeses e depois os ingleses, partiu para liquidar o resto da espécie humana.
As exceções são poucas e espaçadas, e não muitas delas merecem investigação.
H.L.Mencken

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