A empresa era de porte médio e os oito engenheiros trabalhavam juntos em uma ampla sala. Numa sala anexa, e com grande parede de vidro, ficava o gabinete do dono da empresa. Sujeito enérgico e extremamente "pão duro".
Com a crise no mercado todos tinham que aguentar os baixos salários e as exigências, às vezes absurdas, do chefão.
Uma manhã um dos engenheiros não aguentou e espalhou para os colegas : - hoje a "cobra vai fumar". No final da tarde vou pedir aumento de salário e se não sair vou mandar o Dr. Michel prá PQP.
Sabendo das dificuldades de emprego os mais velhos passaram o dia tentando dissuadi-lo da idéia.
E o cara valente: - de hoje não passa. Ou ele me dá um polpudo reajuste ou o "pau quebra".
Às 17:30 horas o sinal toca e como normalmente acontecia, ninguém se levantou para ir embora. Todos enrolando, arrumando as gavetas, amarrando os sapatos, mas na verdade, estavam todos, aguardando os acontecimentos.
O valentão entrou e sentou-se na frente do magnata "pão duro". A conversa foi longe e a turma esperando.
Lá pelas tantas o engenheiro se levantou, cumprimentou o chefe e se retirou com um ar vitorioso.
Na saída do escritório todos correram para abordá-lo e ter notícias.
- E aí "meu" disseram uníssono. Saiu uma quirerinha ?
O engenheiro valentão encheu o peito e disse: Aumento não saiu, mas fui promovido a assessor senior.
É o que está acontecendo com o PT de Minas. O candidato petista vai disputar o governo ?
- Não, o governo não.
Mas estamos cavando uma beirinha para o Patrus de vice de Hélio Costa. Está quase certo.
Já é alguma coisa.
ER
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