Fazendo um balanço sobre as postagens do "Viver é Perigoso" , creio ser direito dos leitores acompanhar os acontecimentos dos bastidores.
Por umas dez vezes foi mencionado o caso do Gov. Arruda. Sempre procurei, na medida do possível, separar a pessoa, a família, do homem público e político.
Desde o primeiro minuto julguei o caso sério e , mesmo de longe, escrevi que o menos doído para todos, seria ele deixar tudo e recomeçar. Isso sempre foi óbvio.
No instante em que todos os tribunais, todos os juízes, todos os políticos, todo o povo, toda a mídia, reconhecem a existência de erros, ir contra seria assinar um atestado de burrice.
Em entrevistas e postagens sempre procurei amenizar o possível erro das pessoas citadas, não só o Governador, mas também outros amigos e conhecidos, dividindo a culpabilidade com o sistema. Credibilidade na vida se consegue assumindo posições públicas e não cochichando nas esquinas e se solidarizando pela frente.
O "viver é perigoso" não é um blog para transmitir notícias. É um cantinho para um grupo de pessoas discutir opiniões sobre qualquer assunto. Se fosse um lugar somente para "amém" já teria fechado suas portas.
Concluindo: Recebi sobre esse assunto muitos emails de amigos e de anônimos. 80% deles me criticam por suavizar os comentários sobre o Governador. 10% manifestam o seu descontentamento por não sairmos em sua defesa de forma total e irrestrita, como conhecido e Itajubense. Os restantes 10% exigem silêncio sobre o assunto. Segundo eles quanto menos falar sobre o caso é melhor.
Penso diariamente no sofrimento das pessoas e isso me aflige. Penso nos familiares e isso me aflige. Penso como cidadão e mesmo de forma doída, gostaria de uma apuração integral.
Espero que todos tenham possibilidade ampla de defesa e que tudo se encerre com a absolvição ou punição de todos os citados.
Lembrem-se: O Governador e alguns assessores diretos estão detidos não pelo propalado mensalão e caixa dois de campanha, (instrumento usual e admitida até pelo Presidente da República ) mais sim por tentativas documentadas de influenciar nas investigações.
Continuo me considerando um amigo do Arruda. Não busco a concordância dos primeiros 80% citados, nem das outras duas parcelas de 10%. É o meu modo de ver e ,repito, de forma alguma pretendo ser dono da verdade.
Trata-se de um episódio sobre o qual gostaria muito de estar inteiramente equivocado.
ER
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