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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

VIDA DE ARTISTA - 2



ARY BARROSO

Amanhã, 9 de fevereiro, faz 46 anos que Ary Barroso morreu.

Compositor, pianista, locutor e apresentador, Ary Barroso nasceu em Ubá MG, em 7/11/1903. Sua mãe faleceu quando Ary tinha 8 anos e dois meses depois seu pai também faleceu. Foi criado pela avó Dna. Gabriela e pela tia Ritinha que foi sua primeira professora de piano. Para ajudar nas despesas de casa, aos 12 anos fazia fundo musical ao piano para filmes de cinema mudo, no Cinema Ideal. Sempre foi apaixonado por futebol e por boemia. Em 1921 mudou-se para o Rio de Janeiro onde cursou a Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro e nos períodos de folga ganhava algum dinheiro tocando piano nos cinemas, fazendo fundo musical. Terminou a faculdade somente em 1930 na mesma turma do cantor Mario Reis.
Envolveu-se com política,sendo eleito em 1946 o vereador mais votado da UDN União Democrática Nacional. Foi defensor brilhante dos direitos autorais e o primeiro presidente da UBC União Brasileira de Compositores. Declarou em entrevista à TV Tupi do Rio de Janeiro que sua composição predileta era "Na baixa do sapateiro". Autor de mais de duzentas composições, as mais famosas foram: "Aquarela do Brasil", "Na baixa do sapateiro", "Os quindins de Iaiá", "No tabuleiro da baiana", "Três lágrimas", "Risque", "Folha morta" e muitas outras. Artista polêmico, defensor intransigente dos direitos autorais, não admitia que músicas fossem tocadas em qualquer lugar sem que se anunciasse o nome do compositor.
Como radialista, foi o narrador de jogos de futebol mais famoso do Rio de Janeiro nos anos 40 e 50. Flamenguista fanático.Ao irradiar jogos do Flamengo, ele torcia e não irradiava, fazendo com que suas irradiações se tornassem muito famosas e até cômicas. No rádio, teve o programa "Calouros em desfile", desde final dos anos trinta até os anos 50, com muito sucesso e onde muitos cantores começaram suas carreiras. Tentou fazer o mesmo programa na televisão, mas não teve o mesmo sucesso do rádio. Teve suas músicas incluídas em numerosos shows musicais nos anos 30 e 40 principalmente e também no cinema. Foi um dos compositores que mais fez músicas com apelo nacionalista, sempre enaltecendo as belezas do Brasil. Faleceu em 9/2/1964 no Rio de Janeiro.


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