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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

CONTA GOTAS



1 - Onde foi parar a ex- globeleza, Valéria Valenssa ? Pois é, demitida pela Rede Globo em 2005, passou por difícil período de depressão e hoje está bem. Se converteu evangélica e frequenta a Igreja Universal do Reino de Deus, no Rio de Janeiro. Tem dois filhos (38 anos) e continua casada com o designer Hans Donner.
Em 2006, fiquei mais de uma hora numa salinha do aeroporto de São José dos Campos, aguardando um voo para o Rio de Janeiro. Soube que era ela pela conhecida fisionomia do marido Hans Donner, que a acompanhava na ocasião. Na oportunidade, vi que ela não tinha nada para ser a Globeleza. Mas nada mesmo.
Hoje fico sabendo que ela estava atravessando toda a dificuldade mencionada.
2 - Em todo lugar é assim. A primeira providência de Grécia na atual crise foi mexer nos planos de aposentadoria. Esse instrumento ainda vai ser adotado por muitos Países da Europa. Os velhinhos pagam a conta. Os chamados PIGS (Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha) estão com a faca no pescoço. Só eles têm com os Bancos Europeus US$ 2 trilhões em títulos. Só com a Grécia, os Bancos têm US$ 330 bilhões ! Como sair dessa ?
3 - Ainda falando de grana: Segundo reportagem no OESP, o endividamento dos brasileiros chega a R$ 555 bilhões. O endivadamento é recorde. Se os bancos resolvessem cobrar tudo de uma vez, cada brasileiro teria que entregar quase cinco (5) meses de rendimento.
Com quanto o amigo entra nessa brincadeira ?
4 - Platão, em "A República" - escreveu hoje Marina Silva - conta o mito do camponês Giges que, certo dia, pastoreando suas ovelhas, encontra uma cratera aberta por violenta tempestade. Lá ele descobre o cadáver de um homem com um anel no dedo. Pega o anel e o coloca no próprio dedo. E, para a sua surpresa, percebe que a jóia lhe dá a faculdade de se tornar invisível.
Com esse poder, Giges passa a cometer uma série de delitos; seduz a rainha, mata o soberano, usurpa o poder. O mito desvenda, assim, a propensão humana a praticar atos condenáveis quando há a certeza da invisibilidade. Impossível não pensar nisso diante do mais novo escândalo nacional, envolvendo o governador de Brasília. Fica evidente que a visibilidade dos atos públicos, a tão decantada transparência, somada a ações exemplares de punição ao mau uso do dinheiro do contribuinte é o melhor caminho para inibir a corrupção e constranger atos ilegais e imorais.
5 - Escreveu Rubens Ricupero, ex- Ministro da Fazenda, sobre o centenário da morte do grande brasileiro Joaquim Nabuco. "Em discurso proferido em 1947 por Gilberto Freire, na Câmara Federal: Um Brasil que tem um político, um parlamentar da grandeza e da atualidade de Nabuco, não deve deixar que essa grandeza seja esquecida, principalmente em época marcada pela desconfiança de que todo político brasileiro seja um politiqueiro, e todo homem público, um mistificador. Nabuco é uma das maiores negações dessa lenda negra com que se pretende desprestigiar entre nós a vida pública. Os brasileiros de hoje, os moços, os adolescentes, é este o Nabuco que precisam conhecer de perto: o político que foi também um homem de bem. O político que não separou nunca a ação da ética".
ER

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