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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

LIDANDO COM CLASSE COM VINHOS




Tenho amigos que entendem de vinho, como o Alfredo (ao lado o vinho do seu dia a dia) e o Professor José Célio. Confesso que não entendo quase nada. Achei interessante as instruções passadas pelo escritor americano Stephen Baker. Vamos lá:

Ao pedir um vinho, peça com classe. Leia o rótulo e feche a cara. Aspire o bouquet no copo com ar de quem tem informações importantes.
Atenção: Mantenha a testa franzida, olhos cerrados, narinas dilatadas e dedinho esticado.
Feche os olhos ao saborear o vinho. Nunca descreva o vinho como sendo simplesmente "bom". Diga "divino', "delicado", "rascante", "embriagador", "estimulante", "formidável", "pungente".
Ao abrir os olhos, troque olhares de entendido com o cara que serve o vinho e que permanece em posição de sentido, aguardando a sua decisão.
Olhe então para o rótulo, comente a vindima ( "Foi um bom ano"), sorria lentamente, e , depois de um longo silêncio carregado de suspense, balance um pouco a cabeça, manifestando a sua aprovação.
Ignore completamente a marca da casa.
ER

4 comentários:

Alfredo disse...

Eu já não acho que se deve fazer charme para tomar vinhos. O charme que se costuma fazer, neste caso, é subproduto do interesse comercial. Atualmente, sob o auspício de tempos bicudos, eu tenho tomado mesmo é caipirinha. De vodka, que é para evitar o "bafo", e com bastante gelo picado, que é para a garrafa de vodka durar. Aliás, desativei uma de minhas adeguinhas climatizadas. Cabem nela umas 40 garrafas. Vou ficar com apenas uma ativada e, garanto, está pela metade e faz mais de seis meses que não tiro dela uma garrafa.

Edson Riera disse...

O que as vezes prejudica o Alfredo é a sua humildade. Ele tem o direito, por tudo o que já fez, usufruir constantemente de seus prazeres, que alías, são simples.

Saulo Caridade disse...

É muito chato esse negócio de entendedor de vinhos, enólogos.
Certa vez comprei umm livrinho sobre conhecimentos básicos de vinhos e comecei a fazer as análises, caras e bochechos conforme o livro ensinava. Achava que tava abafando.

Como não tinha grana pra comprar os "bons" vinhos, comprava o que dava no Rafaele no mercado. Acho que os produtos comprados não apresentavam grandes nuances perceptiveis pelo neofito enólogo, já que nunca consegui saber corretamente o que fazia e nem mesmo diferenciar alguma coisa.

O que vejo é que esta "ciencia" é uma coisa muito chata, pois observem alguem que se apresente como enólogo.

O cara não consegue apreciar o prato de comida do jantar pois tem tanta coisa que observar no vinho que ná dá tempo pra outra coisa.

E se o vinho ofereceido pelo anfitrião, por ignorancia, não cobinar com o prato principal ? O cara vai ficar desconfortável, e aí a noite tá perdida.
Esse negócio de combinar o tipo de uva com o tipo da comida é uma chatura. Se eu desejar tomar champanhe (espumante) Salton, brasileira considerada e melhor de mundo, com feijoada, não pode? vinho branco com macarronada e molho de tomate picante , não pode ? e peixe com vinho rose resfriado, não pode ?
Na minha pobre opinião pode tudo. O que vale é o prazer do momento.

Se o vinho caiu bem, tava gostoso é o que vale. Não importa a cor, o tipo da uva, se é novo ou velho, se é um Vinho São Roque ou um Romanèe COnti.

Bem, cada uma faz e gosta do que quer. Porem ainda me pego aos domingos, durante o almoço na casa de minha Sogra, tomando uns goles de vinho e fazendo, invariavelmente, uns bochechos pra sentir o gsotinho da uva. É incontrolavel.

Alfredo disse...

Conhecer um pouco de vinhos permite que você, na hora de experimentar, perceba que o vinho não está mais bom para consumo. Tem que conhecer um pouco para dizer na cara do garçon que o vinho não está bom. É por isto que os melhores restaurantes tem um "sommelier" para experimentar o primeiro gole. Conheço um "restauranteur" (claro que não vou dizer quem é) que, numa hora dessas, é capaz de dizer: "é, está um pouquinho só passado, mas dá prá tomar...".