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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

PASSAGEM DE ANO INESQUECÍVEL

História publicada no dia 31.12.2009 no "Viver é Perigoso"

No final dos "sessenta", um grupo de doze amigos de Itajubá resolveu antecipar o processo de globalização e comemorar a passagem do ano com uma festa que chamaram de "confraternização entre os povos ".
Vou logo contar as consequências: Três ficaram internados na Santa Casa, com evidentes sintomas de coma alcoólico. Cinco foram atendidos pelo Dr. Rosemburgo no Samdu, com aplicações de glicose, etc . Quatro levaram o "pé na bunda" de noivas e namoradas, por chegarem nas casas das moças, depois da meia-noite e todos prá lá de Bagdá.
O trato foi o seguinte: Encontro no bar "Pé de Porco" as 9.00 horas da manhã do último dia do ano. Compromisso do Sr. Zé, que só fecharia o bar após a meia noite, desde que tivesse consumo. Esse estava garantido pela fama dos doze.
Todos com relógio de pulso e baseado na contra-capa de uma agenda, cada um acertou o seu relógio no fuso horário de um País. E, a partir das 11:00, se não me engano, quando era meia noite numa ilha do pacífico, começou a festa. A cada passagem de ano uma festa, todos se cumprimentavam, se abraçavam, paravam o povo que passava em frente o bar e o Sr. Zé soltava uma rodada de cerveja e cachaça (para os mais enjoados, caipirinha).
E foi por aí. Discursos e mais discursos e algumas músicas do País em que acontecia o reveillon (chutadas!). Para o pessoal não morrer, no reveillon do Japão, o Sr. Zé acompanhou a rodada com uma generosa porção de linguiça frita.
Às dez da noite, a coisa estava feia. Somente oito estavam em pé, que dançavam como "quatro casais" um tango argentino, inclusive com beijos e tal.
Quando chegou a hora da passagem de ano no Brasil, apenas os quatro que levaram o "pé na bunda" das namoradas e noivas, como citado acima, dançaram e cantaram, pasmem: O hino nacional, enroscando "n" vezes no famigerado "deitado eternamente", que acabou recentemente com a carreira da Vanuza.
Meia noite e meia, conforme já combinado, o Sr. Zé ligou para o Samdu, que mandou uma ambulância. Como não cabiam todos que estavam apagados, alguns foram levados pela Radio Patrulha, com os soldados Tigório e Mané, que foram, dentro das suas características, até que gentis.
Desta forma, o grupo, do qual restavam sete, ficou convencido de que de alguma forma contribuiu para a paz no mundo.
Itajubar, Dez/09
ER

Um comentário:

Aldo disse...

Imagino alguns dos grupo...