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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

HOMEM ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA

POR OPORTUNO, RETRANSMITIMOS HOJE, POSTAGEM FEITA NO DIA 10/11/2009 NO "VIVER É PERIGOSO". lEIAM COM ATENÇÃO !
Transcrevo a seguir, um trecho do livro "Theodomiro Carneiro Santiago" escrito por Armelin Guimarães em 1999.
Foi Theodomiro um político diferente de todos os demais. Não angariava votos com sorrisos estudados e a hipocrisia.
Qualquer proposta ou projeto em que se vislumbrasse, uma sombra que fosse de interesse pessoal, ou que não fosse aferido na balança da justiça, ou não se coadunasse com os preceitos da sadia brasilidade ou da democracia, era contar com sua decidida reprovação, pouco se lhe dando se estava melindrando ou desagradando este ou aquele.
Protestava , recusava anuir, sem olhar solidariedades ou conveniências de amigos e conhecidos. Nesses momentos, ele se alheava de facções partidárias e de amizades.
A sua frente só via Itajubá, Minas Gerais, o Brasil; só olhava a exação, o povo, a coletividade, a justiça, a honra, a dignidade, a Constituição.
Tinha em mente o lema de Sêneca: "Preferir aborrecer com a verdade a agradar com a lisonja".
Não sabia bajular nem usar de cortesias astutas para atrair eleitores. Nem mesmo nas vésperas dos pleitos nos quais concorria como candidato a deputado.
Se algum oportunista, nessas ocasiões, a beira da urna, lhe pedia um favor, o qual ele, Theodomiro, não achava correto ou, por outras circunstâncias, não podia atender, dizia francamente ao interessado, mesmo prevendo que iria perder o voto, ou alguns votos: - Nada lhe posso prometer. Não conheço as possibilidades para conseguir o que o Sr. me pede. Ou mesmo - O que o Senhor quer é de todo impossível. Isso não é justo. Não poderei atende-lo. Não conte comigo para isso.
Por outro lado, se prometesse alguma coisa, haveria de consegui-la, nem que, para isso, exigido fosse o seu sacrifício, as vezes superior ao que ele próprio imaginava ser necessário.
E não havia necessidade de o interessado retornar a ele para reclamar o favor.
Era Theodomiro a personificação da hombridade, manifestada por uma vida exemplar, por procedimentos irrepreensíveis e imaculados, inteiramente pautados pela honra, pela dignidade e pelo cumprimento do dever.
Foi o realizador que punha os atos acima das palavras, e que, como homem que de fato foi em toda a acepção moral do termo, soube autenticar o seu lema com um admirável legado não de palavras, mas de obras grandiosas, num testemunho eloquente de varonilidade de caráter.
Nele se encontrava, realmente a masculinidade de espírito
Nossa observação: Os homens públicos cairam demais de nível, mas temos que admitir e pensar que os eleitores também cairam demais de qualidade. A Folha de São Paulo, promoveu uma pesquisa e publicou em outubro/09, que 17 milhões, afirmo, 17 milhões de brasileiros, já trocaram o seu voto por dinheiro.
ER

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