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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

TOMOU O BARCO




Tomou o barco na terça-feira (6/2), aos 88 anos, o maestro japonês Seiji Ozawa. 

A notícia foi divulgada na manhã desta sexta-feira pela imprensa japonesa, após a realização das últimas homenagens ao artista – a família preferiu se despedir de Ozawa em uma pequena cerimônia privada. A causa da morte foi uma parada cardíaca. O maestro sofria há alguns anos do Mal de Alzheimer, que o afastou dos palcos.

Ozawa foi um dos grandes regentes da segunda metade do século XX e início do século XXI. Na Europa, foi aluno de Herbet von Karajan, após vencer o concurso de regência de Besançon, na França. 

Nos Estados Unidos, Ozawa estudou com Charles Munch e Pierre Monteux e foi assistente de Leonard Bernstein durante seu período como diretor da Filarmônica de Nova York.

Entre 1976 e 1995, Ozawa foi diretor artístico da Orquestra Sinfônica de Boston e esteve também à frente do Festival de Tanglewood; entre 2002 e 2010, foi principal regente da Ópera Estatal de Viena. 

Nos anos 1990, criou, no Japão, a Saito Kinen Orchestra, primeiro grupo do país a alcançar renome internacional.

Com um repertório amplo, Ozawa ficou conhecido pelas interpretações da obra de autores como Gustav Mahler, além de seu interesse especial pela música do século XX, tendo trabalhado com autores como Igor Stravinsky.

Em 2017, o escritor Haruki Murakami lançou um livro de conversas com Ozawa, Absolutely on Music. Na obra, o maestro fala sobre suas visões a respeito do fazer musical. Comenta, por exemplo, o conceito de “ma” presente na música asiática: a importância da pausa na interpretação, dos “espaços vazios” onde você simbolicamente coloca a sua audiência e a torna parte da interpretação musical. Outra noção é a da aproximação com o repertório ocidental por meio de uma “melancolia” particularmente japonesa.

Concerto

Viver é Perigoso

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