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sexta-feira, 20 de outubro de 2023

PARA NÃO DIZER QUE NÃO FOI PRESERVADA

Piquete - 20 de outubro de 1934

Ultimamente muitos comentários são publicados sobre a ausência de cuidados na preservação de obras históricas.

Algumas injustiças certamente são cometidas.

Rodovia Itajubá - Lorena. Aí está um caso em que as autoridades levam a sério a preservação histórica. Praticamente intocável. Curvas e crateras, pequenas pontes e não permissão para área de escapes.

Reconhecimento, no caso, aos governos Federal, Estadual e sem cometer injustiças, aos municipais do entorno.

Já lá vão 89 anos. Do lado mineiro, a Câmara de Itajubá esforçava-se junto ao governo de seu estado para que as melhorias atingissem o alto da serra. Do lado de São Paulo, tanto Piquete quanto Lorena buscavam apoio junto ao governo paulista. Articulações políticas de deputados mineiros e paulistas somavam esforços no intuito da melhoria dessa estrada. Por São Paulo, o lorenense Arnolfo de Azevedo. Por Minas, Teodomiro Santiago e José Braz Pereira Gomes.

Aconteceu num sábado (20/10/1934), o reinício das obras da estrada. Esse acontecimento foi solenizado com uma caravana de automóveis chefiada pelo prefeito de Itajubá, José Rodrigues Seabra, e de Lorena, Geraldo Oliveira Braga. Como o trecho piquetense era o mais crítico do projeto, a cerimônia aconteceu aos pés da serra, no bairro da Tabuleta.

Após as “picaretadas simbólicas” iniciais, todos os convidados foram recebidos com almoço no Hotel das Palmeiras.

Em tempo, por iniciativa de Júlio Prestes, presidente de São Paulo, já estava acertada a construção da rodovia Itajubá – Lorena. Os trabalhos foram iniciados em 1931, contando com a cooperação das prefeituras de Piquete e Itajubá e do 4º Batalhão de Engenharia de Combate. Esses trabalhos foram paralisados em 1932, devido à Revolução Constitucionalista.

O trecho do alto da serra até Piquete, asfaltado, como conhecemos hoje, só foi concluído nos anos 40.

Viver é Perigoso

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