Fizeram falta, João Donato, Johnny Alf e Baden Powell.
Ligado ao rock, confesso que na época, então com ativos 15 anos, não acha muita graça na Bossa Nova. Até me entendiava.
Ficou registrado na memória as críticas ao famoso show publicas na imprensa brasileira no dia seguinte.
O show aconteceu graças ao empenho da gravadora americana Audio Fidelity e do governo brasileiro, através do Itamaraty, e o show foi cercado de muitas polêmicas e incertezas. A maior parte das passagens aéreas foi paga pelo Itamaraty. A Varig chegou a fornecer algumas.
Tempos depois, deu para sentir que a história foi outra. Na plateia lotada por mais de 3 mil pessoas, alguns nomes da primeira linha do Jazz: o cantor Tony Bennett, os trompetistas Dizzy Gillespie e Miles Davis, os saxofonistas Gerry Mulligan e Cannonball Adderley, o flautista Herbie Mann, o The Modern Jazz Quartet. É uma grande prova de que a Bossa Nova influenciou o Jazz e vice-versa.
A primeira consequência imediata deste show foi o fato de muitos destes músicos americanos gravarem o repertório da Bossa Nova, e isso serviu para que o gênero ganhasse o mundo e rompesse as suas fronteiras territoriais.
A segunda, e mais marcante, determinou que alguns dos músicos brasileiros trocassem o Brasil pelos Estados Unidos. Oscar Castro Neves, Sérgio Mendes e Tom Jobim e João Gilberto abriram mercado por lá imediatamente depois daquela apresentação.
´Passados mais de sessenta anos da apresentação histórica, acontecerá no próximo domingo (8), às 20h, no mesmo Carnegia Hall, " A Grande Noite da Bossa Nova".
Anote aí:
Stern Auditorium, Carnegie Hall, Sétima Avenida, 881, Manhattan, Nova Iorque (EUA)
Ingressos: De 145 a 325 dólares
Viver é Perigoso
Nenhum comentário:
Postar um comentário