Translate

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

MÚSICA E SABOR DA COMIDA


Claro que não se trata dos almoços rápidos e corridos que acontecem em self-services durante a semana. Mas de jantares  e também almoços nos finais de semana.

Não sirvo de base para pesquisas, pois independentemente, fujo de locais com música alta, especialmente com trilhas sonoras de sertanejo universitário e pagode. Em restaurantes, prefiro a música como fundo, como coadjuvante e não como (êpa !) protagonista.

Interessante a coluna do Rafael Tonon, no Uol.

Há muito tempo que já se sabe que a música que toca em um restaurante pode mudar a experiência que se tem ali: pensar na trilha sonora perfeita é algo que ocupa mais do que nunca a mente dos donos de restaurantes e chefs.

Por muito tempo, tratou-se de uma decisão arbitrária: um dos funcionários comandando sua playlist. Mas a ciência está aí para mostrar que isso pode indicar maus resultados para os restaurantes — inclusive no caixa.

Num nível psicológico muito básico, a música impacta nossas emoções de diferentes maneiras, o que por sua vez altera a maneira como vivenciamos as coisas, como uma refeição.

Isso significa que a música pode arruinar e melhorar a experiência de um jantar, dependendo da música que você toca e se a música que você toca está alinhada com a experiência que você está tentando criar.

Segundo pesquisas, altas frequências tornam os sabores mais doces, baixas frequências deixam sabores mais amargos. Ritmos rápidos são "azedos" e ruídos altos entorpecem seu paladar, exceto pela percepção do umami (literalmente o gosto que dá água na boca).

Altas frequências tornam os sabores mais doces, baixas frequências deixam sabores mais amargos. Ritmos rápidos são "azedos" e ruídos altos entorpecem seu paladar, exceto pela percepção do umami.

A música pode mudar a percepção que temos de um lugar. A Soundtrack Your Brand, empresa que transmite música em locais comerciais, fez um grande estudo sobre o impacto da música de fundo em 16 filiais de uma grande rede de fast food.

O grupo criou o maior estudo sobre música ambiente e vendas já realizado, estudando cerca de 2 milhões de transações individuais em cinco meses. Uma das descobertas mais interessantes foi que tocar músicas aleatórias de listas de hits é uma má ideia.

A familiaridade musical é um dos aspectos importantes a considerar. As pessoas tendem a tornar-se ativamente conscientes da música que reconhecem, o que por sua vez as torna conscientes da passagem do tempo. Então, se o restaurante quer que clientes percam a noção do tempo lá fora e consumam mais, é preciso evitar tocar "sucessos" e optar por músicas menos conhecidas.

Os que entendem o papel da música nos negócios já contaram empresas e DJs especializados em criar trilhas sonoras para estabelecimentos comerciais, como restaurantes.

Viver é Perigoso

Nenhum comentário: