Deu no jornal que os presidentes da Associação Comercial, Carlos Eduardo e o George Kallas da CDL, foram pegos de calças curtas com a notícia da licitação que estaria sendo feita pela Prefeitura para implantação de uma nova Zona Azul.
Forum procurados anteriormente pelo Prefeito, nas vésperas das eleições, sobre a possibilidade das entidades da Rua Nova, tocarem o negócio adiante.
Entusiasmo geral. Estudos, reuniões, planos, projetos e sonhos.
Moçada nova, bem formada, excelentes pessoas, mas talvez ainda carente do traquejo político que só vem com o tempo.
Pois bem, como todos sabem, desta vez acertadamente, a Prefeitura seguiu os trâmites legais e estaria promovendo licitação para escolha do novo operador (ou seria explorador) do tão necessário estacionamento rotativo.
Como sempre vem acontecendo, o Executivo deve ter amanhecido de maus bofes e mandou todo o conversado com os comerciantes para a cucuia.
Talvez algum dos próceres do comércio tenha deixado, por distração, de apresentar um cumprimento, ou mesmo terem esquecidos de um convite para um jantar solene, e até ser pego em desrespeitosa (para eles) conversa em praça pública com algum dos conhecidos e citados pessimistas.
Deu no que deu.
Como a ACIEI afirma que, mesmo assim, está interessada e preparada para participar da licitação, conclui-se que o negócio é interessante.
Viver é Perigoso
9 comentários:
Caro Edson,
Sua postagem levou-me a pensar na postura do peixe que frente à isca artificial toda brilhante e colorida, fortemente desconfiado ( quase seguro) que é isca e não alimento, reluta se morde ou não.
Permita-me morder somente a parte que aprecio e que encontra-se , na minha visão, mais afastada da ponta do anzol.
Em ocasiões passadas , aonde tinha o alcance e a responsabilidade de mediar junto a administração pública ( a mesma atual) assuntos da entidade que representava ( ressalto o verbo no pretérito , fins evitar espaços em jornais ) , as abordagens eram rotineiramente as seguintes :
Momento 1 : Reunião cordial com grandes propósitos e ampla participação, ao fim da qual todos saiam satisfeitos e convencidos do êxito da aplicabilidade em breve de suas propostas.
Momento 2 : Amplo esforço e tempo dispendido pelas partes consultadas em unificação de propostas e formação de consenso.
Momento 3 : Retorno ao palácio com apresentação do consenso obtido.
Momento 4 : Grande silêncio e demora em ouvir a avaliação sobre as propostas.
Momento 5 : O Império contra-atacava : Vital deturpação do projeto consensado sem chances de contestação.
Julgo desnecessário listar os exemplos . Já o fiz com ampla divulgação por ocasião das eleições.
Vale no entanto as colocações acima para evidenciar que não há nada de novo no reino da Dinamarca . O que foi ainda é o que é e sem a devida afronta , o que será .
Sem choro, nem vela. Totalmente previsível e coerente .
Grande abraço,
A implantação do sistema rotativo de estacionamento é necessária. Porém deverá ser bem feito, o que não é característica desta (trágica) gestão municipal. A nebulosa tentativa anterior, com os predicados negativos que todos conhecemos, é um exemplo lapidar do que se pode esperar. Temos tempo para ver o que ocorrerá. Talvez a CONTEMPO (empresa que foi "achada" para administrar o modelo anterior; onde será que está?) pudesse esclarecer muita coisa. Talvez já tenha esclarecido e não sabemos. Mesmo sem o mínimo crédito deste governo, torço para que dê certo. Certo para o povo, para os usuários e para que a cidade tenha um, pelo menos um, serviço que funcione bem e que seja duradouro.
Se a ACIEI for participar desta empreitada, espero que seja muito bem analisada esta opção.
Remy,
Imagino imperdível as reuniões para tratar do balanco final dos projetos. De um lado o pessoal rachando de rir. Do outro, considerando o assunto encerrado e não se fala mais nisso. Tudo, até a próxima pegadinha.
Já participei ativamente, com muita honra, das duas entidades. Continuo com grandes amizades principalmente junto a velha guarda.
Admiro os jovens que têm que entender que amabilidades com a atual Administração não produz resultados.
É a vida...
Abraço,
Edson
Jornal O Sul de Minas,
A Zona Azul anterior foi um fiasco. História estranha da qual conhecemos algumas linhas. Melhor deixar para lá e pensar que, desta vez com licitação (não sei se a empresa anterior estaria impedida de participar mesmo com outro nome) e projeto simples esquecendo a tal de zona verde, a coisa dará certo.
Torço que sim, pois a estado atual está prejudicando e muito os cidadãos e lógico, o comércio.
Zelador
Edson,
Sabe a conclusão obtida a respeito da aparente participação da comunidade organizada nas ações da atual administração ?
Servem apenas como forte aval na fase de implantação e escudo quando sob uma saraivada de críticas. Se eventualmente der certo, nem pense em dividir os méritos, Serão todos filhos e propriedades de um único pai.
Se houvesse seriedade nas considerações da comunidade organizada, jamais o apoio
financeiro a INCIT, por exemplo, teria sido retirado.
Você está correto. Há risos de deboche no palácio.
Um abraço,
Remy,
Quem seria a tal sociedade organizada ? Será que nós fazemos parte da sociedade desorganizada?
A cidade, desde quando acompanho, só teve voz crítica quando a atual situação estava na oposição.
As tais lideranças, na área comercial, na saúde, na industria, nas universidades, teriam interesse em pelo menos participar de discussões sobre o melhor para a comunidade ? Claro que não. Não possuem poder de fogo próprio e se acostumaram a ver o panorama de cima da ponte. Ficam indignados com os desmandos federais e se esforçam para acreditar que tudo vai bem debaixo de seus olhos. Prá que mais ? Temos teatro, temos parque, temos fontes, temos Ubatuba, temos nossos investimentos em imóveis, os filhos por perto, planos de saúde em São Paulo. Chatos, perturbados, invejosos, depressivos, pessimistas, são o Edson, o Remy.
Pior que parece que não irão entender nunca. Assustarão com as mudanças que acontecerão.
Abraço,
Edson
Edson,
O seu problema é um só : Os olhos abertos no tempo presente.
Não se refastela no passado ( exceto quando o assunto é a Boa vista) , tampouco
faz sonhos para um futuro que sabe que não virá, se não nos modificarmos no tempo presente.
Carlos Drummond de Andrade , já havia diagnosticado esta doença, que seguramente
passa muito longe da depressão ou do olhar pessimista sobre a vida . Trata-se de inconformismo em louvar um mundo caduco . Veja abaixo :
Mãos Dadas
Carlos Drummond de Andrade
Não serei o poeta de um mundo caduco
Também não cantarei o mundo futuro
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças
Entre eles, considero a enorme realidade
O presente é tão grande, não nos afastemos
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história
Não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida
Não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes
A vida presente
Grande abraço,
Edson,
Ninguém alçado a liderança pode permitir-se assistir ao correr do rio , posicionado sobre a ponte de braços cruzados. Isto é omissão.
Da mesma forma , não há interesses estanques . Quem cuida de uma universidade, empresa, entidade , está sob a ação de fatores externos que interferem em seus negócios e assistir de braços cruzados é entregar a sorte seus próprios interesses .
Obviamente , cada sociedade organizada têm sua finalidade claramente definida, o que, no entanto, não a deveria eximir de posicionar-se e contribuir com a comunidade .
Edson, o rótulo de otimista / pessimista está relacionado a frequência dos assuntos abordados. Sem desejar interferir na competência de seu staff , sugiro aumentar a frequência da coluna “ pra não dizer que não falei das flores” e deixo-lhe alguns temas como pauta futura :
Os encantos da serra da Mantiqueira ,
Como era lindo meu Sapucaí ,
Domingo no parque ,
A fonte dos suspiros,
Eu e ela, no teatro municipal.
Abraços,
Remy,
Boa recomendação. Do parque e do teatro ainda não falarei pois não os conheço.
NO fui oficialmente considerado persona-non- grata. Irei na próxima administração, caso ainda esteja aqui. No parque, irei quando reconhecerem publicamente a forte participação dos iniciadores do projeto e tenha conhecimento de todo o processo de doação para exploração por terceiros e qual a participação das máquinas e funcionários municipais na obra,
Simples. Tenho a devida convicção que a minha ausência nos locais têm preenchido lacunas.
Abraço
Edson
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