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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

JÁ DANÇOU HÁ TEMPOS

Dizem que o presidente da Petrobrás, Gabrielli caiu em desgraça com a Dilma há muito tempo. O processo de fritura acelerou ainda mais, quando ele foi despachar com o lobista Zé Dirceu num apartamento de hotel em Brasília (deu na Veja).
Como se fala em MInas: Cada enxadada da Dna. Dilma, sai uma minhoca.
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Celso Ming escreveu para o Estado

...A substituição de Gabrielli pela atual diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, é decisão da presidente Dilma Rousseff. O que ainda não está claro é o plano inteiro do qual essa mudança faz parte.
Aparentemente, a presidente Dilma não está satisfeita nem com as escolhas da atual administração da Petrobras nem com seus resultados. Em maio, seu governo rejeitara duas vezes o Plano de Negócios 2011-2015 da Petrobras, alegadamente porque suas metas "não eram realistas".
Os projetos de investimento da Petrobras estão atrasados e são raros os cronogramas que vêm sendo cumpridos. Em parte, isso está acontecendo porque a empresa não consegue coordenar eficientemente sua cada vez maior rede de fornecedores, hoje defendidos pelas exigências de conteúdo local - cláusula que eleva custos e prejudica o andamento dos investimentos.
Está cada vez mais difícil separar o que é tarefa grande demais - até mesmo para uma empresa do tamanho da Petrobras - e o que pura e simplesmente resulta da baixa eficiência de uma pesada administração estatal, loteada entre próceres da base política do governo Dilma.
As decisões do novo marco regulatório do petróleo exigem que a Petrobras integre os consórcios de todas as novas licitações do pré-sal com participação mínima de 30% e que ela seja a empresa operadora em todas elas. Isso significa que todo o programa de licitações tem de esperar até que a Petrobras esteja em condições de assumir novos contratos de exploração.
Além disso, desde a administração Lula, o governo federal tem exigido que a Petrobras participe intensamente do setor de geração de energia elétrica; que lidere o segmento produtor de etanol; que execute políticas de boa vizinhança de alto custo com Bolívia, Argentina e Venezuela; e que concorra com seu caixa para a política anti-inflacionária interna, não importando o impacto de todo esse jogo no seu faturamento e na sua capacidade de investir. Enfim, é areia demais para o caminhãozinho da Petrobras.
Mas não está claro o que a presidente Dilma Rousseff quer mudar em toda essa carga e que poderes terá a nova presidente da Petrobras, Maria das Graças, para formatá-la a esses planos.

Celso Ming escreveu para o Estado



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