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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

CHORAR PRÁ QUEM ?

Questão delicadíssima que tem sido tratada superficialmente pelos meios de comunicação. Falamos do roubo aos cofres particulares do Banco Itaú. Registre-se: Aconteceu em São Paulo, na Avenida Paulista, onde nascem ou morrem as pontas do arco-íris, onde ficavam escondidos os tesouros terrenos dos milionários paulistas.
Jamais serão conhecidos os bens e valores roubados.
O valor do seguro a ser pago aos depositantes pelo Banco é considerado ínfimo (próximo de R$ 15 mil). Segundo a Folha, os conteúdos de apenas dois cofres arrombados valem, juntos, cerca de R$ 12 milhões.
Num deles havia, por exemplo,um estojo feito no século 18, na Prússia, de prata com marfim, cravejado de rubis e brilhantes. Dentro, 33 diamantes brutos, do tamanho de bolas de gude, vindos de garimpos africanos e brasileiros. O estojo prussiano foi comprado num leilão em Nova York há 20anos.
Em outro estojo, de madeira com prata, havia 58 esmeraldas colombianas, com lapidações diferentes, alto grau de pureza e variando cada uma, de 1 a 3 quilates. Também havia uma coleção com 143 Rolex de ouro, um estojo com 50 diamantes lapidados na década de 1930, uma barra de ouro de um quilo, além de US$ 700 mil e Euros 300 mil.
Atenção! Tudo em apenas dois cofres. (170 unidades foram violadas)
Praticamente nada do que foi roubado está declarado. O Banco não tem conhecimento do conteúdo dos cofres.
Fico imaginando o desespero dos assaltados. Bens de estimação e reservas diversas.
Respeitando o sentimento dos prejudicados, prejuízo enorme teria tido o zelador se caso tivesse lá depositado os seus bens não declados:
Um estilingue ano 1958, com gancho de goiabeira, elástico de câmara de ar (dunlop) de pneu de bicicleta e suporte de couro de lingua de sapato B4 de soldados do batalhão.
Uma meia de algodão com 18 bolinhas coloridas de gude, dois piões de cedro (com as cordinhas). uma carretilha para acondicionar linhas de pipa, uma garrafa de cachaça Amélia (1960), Seis figurinhas assinadas (Pelé, Didi, Vavá, Zagalo, Garrincha e Mazola) das balas Equipe, um autógrafo do Mazaropi, um disco 78 rpm da dupla Cascatinha & Inhana ( ìndia e meu primeiro amor), um pente Flamengo (de osso), um espelhimho redondo de bolso (com mulher pelada na foto atrás), um par de conga azul (evidentes sinais de uso) e uma caixinha com anzóis mustad de tamanhos diversos e um canivete suiço.
Toda a minha fortuna terrestre.

ER 

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