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sábado, 18 de dezembro de 2010

RENDIÇÃO DA OPOSIÇÃO - 1

Ainda sobre o assunto, escreveu o jornalista Ruy Fabiano:

"...O que esse gesto produz – ou mantém – é a falta de nitidez programática da política brasileira. Ninguém sabe, na verdade, o que distingue os partidos. Vota-se nos personagens. E estes, sabendo disso, promovem, como prática habitual (só recentemente contida pela lei), o troca-troca de legendas, desmoralizando a própria instituição partidária, base e fundamento do sistema representativo.
Fidelidade partidária exige partidos com ideário efetivo, o que só se dá pela coerência prática de seus filiados. Alguém sabe dizer o que distingue o PMDB do PSDB - e este do PT?
Em 2002, Lula se elegeu presidente condenando o governo de FHC por práticas neoliberais. Mas, a seu lado, como candidato a vice-presidente, estava José Alencar, representando nada menos que o Partido Liberal. Em São Paulo, o empresário e presidente da Fiesp, Paulo Skaf, filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro e por ele disputou o governo do estado. São contradições explícitas, assimiladas como inerentes ao pragmatismo político brasileiro.
A julgar pelo manifesto dos governadores tucanos em Maceió, o PT continuará sendo beneficiário de uma democracia sem oposição. E os seus problemas, mais uma vez, decorrerão da voracidade fisiológica das alianças internas que sustentam o governo."

Blog: Não conseguimos sequer vislumbrar razoáveis perspectivas. Faz escuro na política.

ER





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