PANORAMA VISTO DE CIMA DA PONTE

Realmente temos outra visão do panorama quando visto de cima da ponte. É uma simples analogia sobre perceber a terrinha de longe, mesmo atravessando condições desvantajosas.
Ouvi ontem à noite, pela internet, a reprise do programa Itajubá Notícias, onde foi entrevistada a advogada e colunista gaúcha, radicada em Itajubá, Sra. Angela Collares. A entrevistada com grande fluência mostrou conhecimento dos principais fatos que movimentam o dia-a-dia da cidade. Isso é bom. Tem posição formada sobre praticamente todos os assuntos abordados. Alguns superficialmente e outros com mais base. Normal.

Como é muito amiga das ex-secretárias municipais que recentemente se afastaram do governo Jorge, teria condições de conhecer os reais motivos das defecções.

No caso da reservada Ana Maria Hermeto, a razão teria sido uma mudança de posição sobre determinado assunto interno, após ter sido o mesmo definido. Teria se sentido traída. Penso eu: outros fatores do dia-a-dia com certeza deram forças para a tomada drástica de decisão. Acontece.

No caso da empolgante e empolgada Leandra Machado, segundo afirmou sua própria amiga, a colunista Collares, foi uma questão de vaidades. Também é possivel.

A convivência na política de pessoas com personalidades fortes exige constante "engolir de sapos", e utilização permanente das famosas sandálias da humildade.

Conversei, em toda a minha vida, umas quatro ou cinco vezes com o prefeito municipal. Uma delas, longamente antes da eleição, quando tivemos o prazer de recebê-lo em visita, acompanhado de sua esposa.

Ganhou as eleições democraticamente e o parabenizamos por isso.

Errou bruscamente, como todos nós temos errado constantemente, nas eleições. Constituiu parcerias e destruiu pontes para ganhar as eleições. Resultado: Está tendo que tocar a administração com parcerias aparentemente interessantes para uma disputa, mas fracas para atuarem juntas numa administração. Destruiu pontes e não está tendo  humildade e sabedoria para reconstruí-las. Caminha para terminar políticamente sozinho. O que não é bom para a cidade.

Como em todos os rincões da terra, temos pessoas perigosas em Itajubá, temos pessoas que somente preocupam com sí próprias, mas temos uma grande maioria do bem.

Por incrível que possa parecer, as pessoas mais perigosas políticamente hoje estão dando tapinhas e dando oba-oba para o nosso alcaide, muito embora não defendam, como deveriam defender as suas atitudes e determinações. Calam-se, somem.

Grande parte das pessoas de bem, que poderiam ajudá-lo a cicatrizar feridas políticas expostas, são levadas a se afastar cada vez mais.

Oposição na mídia: É uma obrigação existir uma imprensa independente escrita e falada. Isso vem a ser para um político humilde (e isso é sinal de inteligência) uma excelente oportunidade para praticar um governo de diálogo e transparência.

Os próximos dois anos já serão de campanha política municipal, com muita gente saltando de uma caminhão para o outro, com alguns condutores sentindo-se mais fracos, permitindo caronas sem expressão aboletar na cabine.

Itajubá não poderá sofrer interrupção no seu desenvolvimento nesse período.

Críticas, ironias, bincadeiras, fazem parte do processo. Desrespeito não.

O que caminha para ser um filmezinho de terror, não digo que possa ainda se transformar num conto de fadas, mas num draminha leve, com pitadas de humor fino, não está difícil.

ER