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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

TALVEZ UM BURRO COM SENTIMENTOS

Sou um ex-aluno dos antigos. Dos dirigentes atuais, pouquíssimos são da minha época. Reconheço e já afirmei no blog que não conheço e não entendo os projetos de expansão da nossa Escola na construção de campus em terras distantes. Me perdoem a possível burrice, mas não consigo considerar interessante para a Unifei, a formação de um consórcio de universidades. Sinto uma sensação de estarmos entrando com o milho e os outros com o sabugo.
Sinto esvair pelos dedos toda uma tradição, todo um nome, todo um passado de lutas. Talvez estejamos caminhando para o esvaziamento da nossa identidade duramente construída.
O que diriam sobre isso, para não ir tão longe, o Dr. Pedro Mendes, o Prof. Ulderico, o Dr. Álvaro, e o que pensam hoje o dr. Fredmark, o Prof. José Carlos Goulart, o Prof. Hermeto, o Prof. Luis Gomes e outros mestres reconhecidos.
Talvez essa sensação de perda, venha pelos melhores anos de minha vida e pela convivência com camaradas inesquecíveis, completados  por momentos duros (1969/1973) que nos empurraram para mundo.
Quem não viveu isso, jamais entenderá.
Tomara que sejam apenas preocupações e lamentos de um burro sentimental.

ER


12 comentários:

Aldo Gonçalves disse...

Também nunca entendi esse crescimento de tentáculos. Para que e por que? Temos umas coisas esquisitas por aqui. Vamos ver em outra área: quando fizemos a unicred, seu objetivo foi financiar equipamentos e serviços médicos, e seria uma cooperativa de medicos. De repente, "talvez" eu não saiba porque, ela começa a crescer, não financia mais médico nenhum, com subsidios. Se o faz, é com juros normais, as vezes maiores que dos outros bancos. Vai mudar para uma grande sede, abriu conta para todo mundo, e agora temos de usar senhas, filas, etc, como em qualquer lugar... E para que isso, se, ao menos teoricamente, não tem dono?
E se falir o dinheiro de lá teria de ir totalmente para o Banco Central? Eu já pulei fora.
Esse caso da EFEI é a mesma coisa. Por que crescer? Crescer por que? A Erenice nem trabalha lá...

Anônimo disse...

É meu caro Aldo....inocente vc não é...conheces o Reitor?

Aldo Gonçalves disse...

ao Anônimo: e o diretor perpétuo da unicred, unimed, sabe quem é?

Edson Riera disse...

O pessoal julga, de forma geral que aumentar é crescer. Crescer é muito mais do que aumentar. Crescer do portão para dentro é mais importante do que crescer do portão para fora. Qualidade, aperfeiçoamento e inovação constante, supera a busca alucinada por quantidade.
Queremos ter os melhores não o maior número de iguais. Em passado recente, o profissional não precisava se identificar como oriundo de Itajuba. Com duas horas de trabalho, todos sabiam que só poderia ser de Itajubá.
Pena que não entenderão nunca.
edson

Anônimo disse...

É...fique atento , câncer e mafia em Itajuba...tem de montão....Cidade facil de ser amada....(pelos amantes)

marcos.caravalho disse...

Zé,
Um doce prá quem nomear pelo menos 03 (havia escrito 05; vá lá um desconto...) dos doutores que hoje dão as cartas lá que tenham ralado seus fundilhos nos bancos da Escola. Bancos de sala de aula, por supuesto... De salas refrigeradas não vale. Não deixaram nada de sua juventude lá (não sabem o que perderam). Não haveriam, agora, de possuir qualquer "liga" sentimental com a Escola. Não lhes interessa qualidade, consequência de seriedade (vide capítulo freirinhas da Escola de Enfermagem Wenceslau Braz). Sobrou uma xêpa - lamentável - que junta mercantilismo e vaidade, encobertos pelo slogan farisaico: "estamos democratizando o ensino superior em nosso país (argh!!)". E nosso logotipo - tão nosso quando nossa é "nossa Escola" - tão elegante, tadinho, segue agora servindo de estandarte prá esse bloco de cintura dura e samba atravessado.
Aliste-me na tropa dos burros sentimentais. Tô dentro. Daquela tropa, a outra, "muderna" que só, tô fora.

Edson Riera disse...

Marcos,

Já somos uma parelha considerável.Aceitamos adesões para o bloco dos "Burros sentimentais).

wartão disse...

Zé e Marquinhos, IEI,EFEI,UNIFEI,seja lá o nome que for sempre será a nossa Escola de Itajubá.
Eu me lembro ainda hoje de uma provocação feita pelo Riera em uma festa de congraçamento de 10 anos de formatura, qdo. êle ocupou a tribuna(bonito isso), e disse que um formando da Escola não conseguia distinguir uma fatura de uma promissória. No entanto temos dentro de nossa "turma", inumeros profissionais vencedores (não preciso enumerar nomes - Voces conhecem) dentro da carreira. E permitam-me dizer-lhes que isso é fruto da Escola de Itajubá.
Hoje, o objetivo da Escola é formar "doutores e mestres" sem nenhuma vivencia na vida prática, qdo. verdadeira função da Unifei é formar engenheiros e "gente" na verdadeira acepção da palavra, coisa que se consegue frequentando Itajubá.
Me lembro que a nossa turma foi a ultima do sistema seriado. Acho que a verdadeira meta da "ditadura" qdo. criou o sistema de créditos, foi acabar com a união que existia de turmas estudando e vivendo juntos. Isso criava uma unidade que não existe mais.
Qdo se fala em crescer na Unifei, comtentaculos em outros campus fora de Itajubá, está se criando mais ainda a desunião que veio com o sistema de créditos. Claro que esta é a uma opinião particular, e que pode ser contestada, e isso depende de cada aluno, mas acredito que é uma opinião abalizada, visto que tenho um filho formado na Escola.
Enfim, acho que a verdadeira e comprovada aptidão da Escola de Engenharia de Itajubá é formar ENGENHEIROS.
Os exemplos são inumeros e muito bons.
Abs.

Anônimo disse...

Quanta bobagem.

O progresso atropela mesmo.
Vejam a diferença da turma de 1967 em relação a turma de 1918.
O IEI foi atropelado pela EFEI e a EFEI pela UNIFEI....e assim por diante.

Nilo

Anônimo disse...

Por favor façam uma conta:
Orçamento da UNIFEI anual dividido pela quantidade de engenheiros formandos.....e nos 80 e tantos anos....alias pra 2010 parece que o orcamento é de 100 milhoes??

Edson Riera disse...

Nilo,

Por isso que disse que me sinto um burro sentimental. Esse foi o mote do comentário.

edson

wartão disse...

Nilo, espero sinceramente que V. tenha razão.
Não podemos nunca deixar o sentimentalismo impedir o progresso.
Só o tempo mostrará se a direção tomada está certa. Até hoje deu certo, mas realmente talvez sejamos apenas "talvez burros com sentimentos".
Abs.