CINEMA - SUPLÍCIO DE UMA SAUDADE

Os dois já encerraram as suas atividades. O banco deixou muitos bolsos vazios. O cinema muitos corações.

Pensar que muitas crianças e jovens itajubenses nunca foram ao cinema, é no mínimo triste.
Ir ao cinema é infinitas vezes mais completo do que assistir filmes. Para assistir umas "bombas" recheadas de comerciais é só ligar a televisão. 

Pesa a consciência assistir a  DVD´s com tapa-olho e perna de pau. Locadoras ? Buscar e entregar depois é um saco.

Cinema tem pipoca, tem sala de espera, tem pré-lançamentos, tem ar condicionado, não tem visitas e tem gente. Ver gente é bom (desde que não sentem na nossa frente e tampouco fiquem garimpando piruás e pipocas em saquinhos vazios).

Raríssimo pessoas humanas (como diz a Dilma) sairem no meio do filme, quando no cinema. Raríssimo pessoas humanas assistirem a um filme por completo em suas residencias.

Itajubá, numa mesma época, teve o "Presidente", o gostoso "Alvorada" da família Storino, o  imponente "Apollo", o aconchegante "Paratodos" (purgueiro é a Vó) e o distante "Cine FI", na Imbel, onde com certeza o nosso Deputado Estadual, assistia as matinês de domingo.

Tão bom quanto assistir os filmes, os trailers e os gols do Canal 100, eram os minutos que antecediam as sessões.
Dilema mortal: Damos as mãos já ou esperamos o escurinho cúmplice ?

Tanto no Presidente, quanto no Alvorada, ouvir no som ambiente o Bert Kaempefert aguardando o apagar da luzes era mágico.

Relembrem sem lágrimas. Afinal ela ou ele casou com outro(a) e até netos já tem!
Não se desespere. No paraiso irá começar tudo de novo.

http://www.youtube.com/watch?v=vGmR2dJSDvo

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