Em 1961, John Ford recebeu em seu escritório, nos estúdios da
Paramount, a visita de um moleque de 15 anos que sonhava em ser cineasta. O diretor estava com 67 anos e preparava aquele que seria um de seus melhores filmes, "O homem que Matou o Facínora".
A secretária avisou: "Ele vai recebê-lo, mas só por um minuto".
O adolescente entrou na sala, decorada com pinturas que representavam o Velho Oeste.
"Então você qur fazer filmes?, perguntou Ford.
"Sim senhor. Quero ser diretor de cinema."
"Certo. Está vendo essas pinturas? Observe a primeira e me diga o que vê?
"vejo um índio e um cavalo."
"Não, não, não. Cadê o horizonte? Você é capaz de me dizer onde está o horizonte?
O moleque apontou.
"Não aponte", disse Ford. "Olhe para a pintura como um todo e me diga onde está o horizonte."
"Embaixo."
"Bom. Agora observe a próxima. Cadê o horizonte?
"Em cima."
"Ok. Agora vem cá: quando você chegar à conclusão de que pôr o horizonte na parte inferior ou na parte superior pode ser melhor do que no meio do quadro, então talvez, algum dia, você possa se tornar um bom diretor.
O menino era Steven Spielberg.
(Pedro Butcher - Folha)
ER
Um comentário:
Departamento Informações Inúteis - Setor Homenagens aos Mestres:
Spielberg,logo numa das primeiras sequências do "Resgate do Soldado Ryan" presta homenagem ao mestre.
A mãe dos Ryan filmada de dentro prá fora da casa, quase que só a silhueta desmaiando, o "tempo" da queda, tudo, tudo já estava lá nos fotogramas (ôpa!!) do mestre, em Rastros de Ódio (acho que é a Vera Miles que desmaia), que você comentou outro dia. As cenas dos dois filmes soberbas.
Abraços cinematográficos.
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