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segunda-feira, 12 de abril de 2010

PÓS DAIME

Estive no final de semana em São Paulo. Ontem, ao cair da tarde, caminhando sem rumo, entrei em uma pequena igreja na Brigadeiro Luis Antonio.
Pessoal agradável. Logo na entrada, deram- me para tomar um grande copo de chá. Como estava um pouco frio, aceitei.
Não entendi muito o que falaram.
A noite, no apartamento, deu -me vontade de escrever sobre Itajubá. Saiu a seguinte "beleza" de texto :
Há muitos anos, os donos da cidade eram os índios Cataguá, guerreiros ferozes que defendiam a sua terra com muita luta.
A aldeia principal ficava onde hoje é a Igreja São José, no Bairro da Boa Vista. Viviam da caça e da pesca, muito abundante pelos lados do BPS e Varginha (atuais).
Muito pressionados pelos Bandeirantes, quase foram dizimados e resolveram pegar o Passáro Marron e ir para São Paulo, onde as fábricas do Comendador Matarazzo ofereciam muitos empregos.
Muitos desceram no ônibus em São José dos Campos e acabaram ajudando na construção da Embraer e da GM.
Com o terreno vazio, vieram para cá fugindo de Varginha e Pouso Alegre, os índios Puris, os Coroados e os Caporés.
Os Puris foram morar no bairro da Varginha; os Coroados, mais ricos, ficaram no centro da cidade e os Caporés ficaram no Bairro da Medicina, que era entrada para o Bairro Quilombo da Berta, nas Anhumas.
Só lembrando, ali morou o escravo Fumaça, lider imbatível, que era Tio do Zumbi, ex-escravo que ficou famoso depois que foi para Alagoas, convidado por Lindolfo Collor.
Os Puris começaram a plantar batata-doce, banana e milho. Eram nuito atrasados . Os produtos cultivados eram vendidos "a preço de banana" para os "Coroados" que, mais inteligentes e com capital (fundaram o Banco Itajubá), começaram a industrializar as matérias primas, montando fecularias e a fábrica de doces Vera Cruz, cujo nome foi uma homenagem a Pedro Alvares Cabral, o primeiro Governador de Minas.
Com a grana ganha, os Coroados fundaram a Rua Nova, abrindo muitas lojas de sapatos, roupas e tecidos. Por quê ? O mercado era muito grande, pois os Puris e os Caporés viviam nús e descalços.
Os Caporés ficaram famosos pelo seu estilo de vida. Os casais se juntavam por pura afeição e eram fiéis a seus companheiros até à morte. Daí veio a famosa expressão mineira, "Deixa de Caporezar mêu ".
Resumindo, tirante os estrangeiros que vieram para Itajubá, todos os Itajubenses natos têm uma pitada, mais ou menos generosa, de sangue Puri/Caporé/Coroado.
Guardam as seguintes características básicas: Profissionais liberais, com certeza são Puris. Comerciantes têm inegavelmente sangue Coroado. Sobrou para o povão, o Caporé.
ER

3 comentários:

wartão disse...

Zé como dizem os Caporés:"Êta chazinho bão esse"!!!!!!!!!!!

Unknown disse...

Espero que, para terminar a noite, você tenha assistido ao filme da Disney, "Branca de Neve e os Sete Anões", no Disney Channel.

Edson Riera disse...

Consegui uma garrafa (de coca-cola) do cházinho. Vou levar amanhã para uns amigos tomarem pós almoço no casa grande.