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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

VIOLÊNCIA ASSUSTADORA

Fim de semana desses lí praticamente direto o Livro Gomorra - Roberto Saviano - Edit. Bertrant Brasil .
Não é muito a leitura com a qual tenho prazer, mas trata-se de uma reportagem feita sobre o crime organizado (máfia) na Itália, com mais intensidade em Nápoles, Palermo e arredores.
Como curiosidade, é relatado um encontro com o lendário russo, Mikhail Kalashnikov, criador do fusil metralhadora AK-47. Em 1991 ([época do encontro), ele tinha 84 anos e muito vigor.
Calcula-se que mais de 150 milhões de fusis AK-47 tenham sido fabricados. Foi estimado que o AK-47, já matou mais gente do que as bombas de Hiroshima e Nagasaki, mais que o HIV, mais que a peste bubônica, mais que a malaria, mais do que todos atentados dos fundamentalistas islâmicos, mais do que a soma dos mortos de todos os terremotos que agitaram a crosta terrestre.
Dos famosos, foram mortos com o AK-47, Anuar Sadat, General Dalla Chiesa, Ceausesco e Salvador Allende, no la Moneda.
Em Itajubá também se fabricam armas, porém o nosso é o fusíl FAL, originalmente belga e hoje, segundo entendidos, já mais avançado, com adaptações diversas.
Numa conversa em 1998 com um amigo, alto funcionário da IMBEL, comentei sobre o nosso desconforto em caminharmos para ser uma Tecnópolis, com valorização integral a vida, produzirmos armas de mortes. (independe de empregos, parte social, etc, etc).
A saída dele foi curta e rápida, sendo a mesma do Sr. kalashnikov ao repórter:
Não fabricamos armas para ataque. Fabricamos armas para a defesa e em especial, para a defesa da Pátria.
Me recolhi.
ER

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