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terça-feira, 2 de agosto de 2011

INTERNET E A ELEIÇÃO PARA PREFEITO

Dados de artigo do Estadão:

A rede vai influenciar ainda mais o resultado das urnas e o comportamento do eleitor no próximo ano do que já influiu em 2010.
Com mais eleitores online e participando de Orkut, Facebook, Twitter e Google Plus, entre outras redes, a influência da internet tende a aumentar. Os novos hábitos de troca de informações aumentam a virulência dos boatos e notícias. Mesmo quando o fenômeno começa no "mundo real", ele reverbera e é ampliado pela internet.
"É muito mais fácil atingir um público local". Mas a influência deve variar de local para local: "Depende muito da infraestrutura da banda larga. Se não será decisiva, (a internet) será um pouco mais decisiva".
 As cidades onde maiores parcelas do eleitorado está online são as mais aptas à internet ter um papel decisivo. Mas não depende só disso. Onde já existem redes pessoais, comunidades atuantes e organizadas, a internet potencializa a mobilização eleitoral.
Nas cidades conectadas, os principais instrumentos devem ser: monitoramento de redes sociais, blogs, mobilização via Facebook (que cresce exponencialmente e começa a atingir a classe C), Orkut e Twitter (outras redes podem aparecer ou aumentar em influência até a eleição, como o Google Plus). A magia negra do SEO (técnica que influencia os resultados de buscas em mecanismos como o Google) pode ser usada para beneficiar um candidato ou prejudicar o adversário, associando-o a um fato negativo. O celular, que encontra o eleitor onde ele estiver, também é peça-chave, mas precisa ser usado com moderação para não saturar.
"A internet fura a espiral do silêncio dos meios de comunicação". Temas que normalmente ficam de fora da cobertura dos jornais, rádio e TV aparecem na rede e ampliam o debate, especialmente questões de interesse local. Alguns fazem tanto barulho que acabam pautando os meios de comunicação tradicionais. Isso pode mudar a agenda da campanha municipal em algumas cidades.
Praticamente todas as campanhas terão gente dedicada a mobilizar via internet ("custo é muito baixo"). Mas isso não é tarefa fácil. "É preciso entregar um conteúdo relevante no momento certo", ou a campanha online pode se voltar contra o candidato, como já se voltou contra algumas empresas que se arriscaram a fazer marketing via blogs e redes sociais sem ter uma boa estratégia.
Isso não é trabalho para amadores. "Há experiência que pode ser copiada e disseminada. Mas a maior dificuldade será encontrar profissionais capazes de dedicação exclusiva e inteligente para realizar campanha na internet para cada candidato. Campanha online não é "commodity" nem "prêt-à-porter", é "taylor made" (sob medida)".
Outsiders, candidatos pouco conhecidos e zebras passam a ter mais chances, porque dispõem de uma plataforma de grande penetração e comparativamente barata para alcançar os eleitores. Dependem de um bom discurso (relevância) e de uma boa estratégia (oportunidade). Podem fazer isso desde já, driblando as limitações da legislação, se conseguirem cativar comunidades já existentes na rede e fora dela. Atrair para o debate eleitoral os eleitores 2.0, aqueles jovens com perfil semelhante ao dos "indignados" espanhóis, que estão descontentes com a forma tradicional da política - desde a polarização PSDB x PT até a maneira de cima para baixo para como as decisões são tomadas.
Aumentam o potencial para surpresas e a velocidade das mudanças na corrida eleitoral. Subidas e quedas abruptas ficam mais prováveis, principalmente na reta final.

Condensado do Estadão







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