Há alguns anos, descendo no elevador de prédio comercial no centro de São Paulo, daqueles sem ascensorista, dei de cara com o ex-governador Quércia. Cumprimentou-me com um leve aceno, como todos fazem ao entrar num elevador. Descemos e ao chegar no térreo, novo e educado cumprimento. Fomos caminhando na mesma direção, creio eu, na Rua XV de Novembro. Assim foi por duzentos ou trezentos metros. Ninguém, nenhuma boa alma manifestou tê-lo reconhecido.
Um anônimo. Um mero e comum mortal. Detalhe: Ele tinha deixado há pouco tempo o Governo.
Um anônimo. Um mero e comum mortal. Detalhe: Ele tinha deixado há pouco tempo o Governo.
Impressionante a brevidade da vida pública.
Imagino, nesses últimos quatro anos, a quantos almoços e jantares promovidos por entidades, casamentos, batizados, churrascos e oba-obas diversos, políticos que estão encerrando o mandato, não tenham sido convidados.
Tapinhas nas costas, doutor prá lá, doutor prá cá. Se espirrar amanhã, saúde !
Daqui duas semanas começará para os que encerram mandatos, pelo menos quatro anos de período glacial. Gelo, gelo e mais gelo.
E alguns devem sentir falta do movimento. Ah...como devem.
Reconhecimento ? homenagem por bons serviços prestados ?
Impossível. Desagradaria os que estão entrando.
É a vida.
ER
2 comentários:
Ser politico tem que estar preparado para isto e vc sabe que alguns nao conseguem nem mais viver?acostumaram a ser bajulados e agora irao ficar no sossego, como vc mesmo retratou. Sao os "flash" de politica.
E peço que o Quércia o cumprimente novamente só daqui a 60 anos...
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