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sábado, 1 de outubro de 2011

O MINEIRO E O QUEIJO

“O mineiro e o queijo” no cinema.
Novo filme de Helvécio Ratton revela a forte ligação entre os queijos de leite cru e a cultura mineira. Apesar de cotidiana e já conhecida em todo país, essa relação guarda sutilezas que serão mostradas no documentário “O Mineiro e o Queijo”, com previsão de lançamento para o segundo semestre. Essa iniciativa amplia o debate sobre a situação dos queijos artesanais no país e as dificuldades enfrentadas por seus produtores. A matéria de Cesar Felício fala do documentário, mas também desse patrimônio nacional ainda impedido de circular fora do Estado de Minas Gerais. Em Minas, a expressão “queijo minas” tem um significado completamente diferente do conhecido em São Paulo ou no Rio. Para dentro do Estado que concentra cerca de 10% da população brasileira, o queijo típico nada tem a ver com o chamado “Minas padrão” ou a massa branca e aguada também chamada de queijo frescal. O verdadeiro queijo de minas é uma peça de um quilo e meio, absolutamente circular e mais achatada que a apresentação dos queijos europeus. Uma crosta amarela formada pela cura exige um certo esforço para ser rompida e se ter acesso a um interior branco, cremoso, de sabor pronunciado e teor de sal maior que o dos queijos industriais. É feito com leite cru, não pasteurizado, uma chave que o caracteriza como artesanal e o lança na virtual clandestinidade. O queijo surgiu em Minas durante o ciclo de mineração, como uma forma de preservar um alimento que podia ser transportado para regiões de pequena produção agrícola e armazenado por longos períodos”, comenta o cineasta, autor, entre outros filmes, de “Batismo de Sangue” e “Menino Maluquinho”. Da produção do queijo surgiram derivados que se tornaram ícones no Estado, como o pão de queijo, feito com as raspas do produto.
(do jornal Valor Econômico,publicado na sexta-feira 1 de abril de 2011)

 Mahbet1

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