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sábado, 13 de setembro de 2014

SOB A LUZ DE VELAS

 
Nada mais melancólico do que a retirada.
Sabe, já aconteceu com quase todo o mundo.
Costumamos esconder bem lá no fundo da gente.
Lembrar ? nem pensar. Dá vergonha de novo.
Você se entusiasmou, sei lá levado por qual razão.
A reserva foi deixada em cima da cadeira.
Sentiu-se infantilmente feliz.
Um baque e desentendimento momentâneo, quando uma alma boa e invisível lhe dá um toque no ombro como lhe sussurrasse no ouvido:
Saia de fininho. Retire-se. Você não está agradando. Sua hora passou. Você está sobrando.
Pânico. Vazio. Calafrio. O chão some. A luzes oscilam.
Enorme o caminho de volta. Pedras inoportunas. espinhos e sons de risos.
Lágrimas. Revolta. Humilhação.
Retirada. O que vou dizer em casa ? A verdade ?
Descartado. Seria passar pelo mesmo outra vez.
Prevalecerá a minha versão sobre a retirada.
Entendam.

John Chair

2 comentários:

Anônimo disse...

Não é bem assim quando vc coloca alguém de muleta.

Anônimo disse...

Zelador não precisa tanto. Basta você dar um UP. Uma sugestão seria você deixar de ser monotemático. Existem outras feiuras além do PT!