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terça-feira, 4 de abril de 2023

MAIS OU MENOS IGUAL PARA TODOS

Comentou o Hélio Schwartsman na Folha, referindo-se à decisão do Supremo Tribunal Federal que põe fim à prisão especial para detentores de diplomas universitários:

"O fim da prisão especial para diplomados não elimina privilégios.O corporativismo no Brasil é tão arraigado que se manifesta até nas raras ocasiões em que o país abraça uma medida republicana. O que causa espanto, para não dizer repulsa, é que o STF tenha restringido seu pendor republicano à questão dos diplomados, sem estendê-lo às várias classes que permanecem com seus privilégios intocados. O próprio artigo 295 tem mais dez incisos, que protegem, entre outros, políticos, oficiais militares e ministros religiosos. Outras legislações dão a regalia, por vezes acrescida de mais benesses, a advogados, membros dos MPs e, é claro, juízes. Não teria sido difícil para o Supremo montar uma pauta mais alentada, que discutisse os privilégios corporativistas em sua totalidade e não apenas uma de suas manifestações."

Como afirmou com propriedade o Millôr:

"Ou instaure-se a moralidade ou locupletemo-nos todos”.

Viver é Perigoso

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