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sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

TUDO PASSA

 


Em 1976 (23/12), em uma brincadeira de "amigo secreto", a amiga  Suely (creio que mineira de Alfenas - secretaria da presidência - ABINEE), saiu com o meu nome. Na caixa de mensagens, em um bilhetinho perguntou o que eu gostaria de ganhar (dentro de um limite de valor estabelecido para todos). Só para chateá-la indiquei um livro que eu procurava e constatei que a edição estava esgotada. O livro era "Chico Nunes da Alagoas" do Mario Lago. Lançado em 2ª edição, em 1975, pela editora Civilização Brasileira . É um estudo sobre um poeta repentista Alagoano.

Num bilhetinho resposta ela disse. Dou o livro de presente se você dizer o que vem a ser "torpedo".

Fácil, respondi, uma arma de guerra utilizada normalmente por submarinos.

Ela respondeu. Vou achar o livro para lhe dar, mas você errou. Torpedo é como chamam em Minas, sua terra, o Dr. Pedro. 

Pois não é que a Suely, não sei onde e não sei como, achou, comprou e me deu o livro de presente

José Rodrigues de Moura Ferro nasceu em 10 de dezembro de 1911 na cidade de Viçosa, Zona da Mata alagoana.

Sendo um boêmio militante em Viçosa, Zé do Cavaquinho foi personalidade da vida da cidade por mais de cinco décadas. Além de instrumentista, também compunha e contava causos, contribuindo para transformar o seu bar, o Trovador Berrante, no principal ponto de encontro da boemia da região.

O ator e escritor Mário Lago, que conheceu Zé do Cavaquinho em 1971 quando esteve em Viçosa durante as filmagens de São Bernardo, conversou muito com ele em busca de informação sobre o poeta Chico Nunes, foi neste contato que colheu material para o livro Chico Nunes das Alagoas, lançado comercialmente em 1975 pela Editora Civilização Brasileira.

Neste livro, Lago revela que não sabia o verdadeiro nome do Zé do Cavaquinho: “Só vim a sabê-lo quando, já no Rio, recebi carta sua que terminava com a seguinte loa:

Tudo na vida passa.
Passa samba por valsa,
Passa passa por ameixa,
Só não passa moeda falsa
Porque a polícia não deixa.

Sou o Zé do Cavaquinho
De uma lira instrutora.
Mas o meu nome certo mesmo
É Jose Rodrigues de Moura.

Jacaré não tem tempero,
Cabra ruim não tem parente,
Mulher do bucho grande
Não há vestido que assente

Viver é Perigoso

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