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sexta-feira, 28 de março de 2014

É DISCO QUE EU GOSTO



PAULO VIEIRA PEIXOTO
Quando fui a um baile do Clube Itajubense, pela primeira vez, assustei-me vendo aquele moço dançando sozinho. Eu já o conhecia da Boa Vista. Ainda não estive em bailes do Itajubense em que ele não estivesse presente. Sempre preciso, dentro do ritmo e esquecido do mundo, como se o baile fosse promovido só para ele.
Quando iniciamos nossa participação na Diretoria do Clube, notamos a sua falta. Razão: Desentendeu-se com uma das Diretorias anteriores e afastou-se do Clube, deixando inclusive de ser sócio.
Nós o procuramos, combinamos e negociamos a sua volta ao quadro social e eis o Sr. Paulo dançando novamente e,como sempre, sozinho. Raramente o vemos dançar acompanhado.
Creio que não conseguem acompanhar os seus criativos passos.
Falo do COELHINHO, como é mais conhecido. Quem dançou no clube conhece o Coelhinho. É totalmente impossível não conhecê-lo.
É uma mistura de Fred Astaire, com Gene Kelly e para ser mais moderno, com o Justin Timberlake.
Quando trouxemos para tocar no clube a grande orquestra de Severino Araújo, tive a oportunidade de jantar com o grande maestro e arranjador no restaurante Xodó, antes do baile.
O Sr. Severino é uma lenda nos salões do Brasil. Disse -lhe sobre o Coelhinho e lhe pedi que abusasse do som das Big Bands americanas. Não deu outra. Por pouco o Coelhinho não toma todas as atenções. Faz parte da história do Clube Itajubense e merece ser homenageado por isto.
Tem uma coisa: Com o Coelhinho não existe esse negócio de dois prá lá, dois prá cá.
 
Viver é Perigoso 08/01/2010
ER

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