Antes que me torne um eremita completo, ocuparei este espaço para falar e discutir um pouco, com simplicidade, sobre a vida, com suas alegrias e tristezas. Pode ser que acabe falando comigo mesmo. Neste caso, pelo menos prevalecerá a minha opinião.
O seu comentario andou caminhando pelo blog. Sobre a Florbela Espanca, poeta portuguesa, sofrida como ninguém. Tomou o barco por iniciativa própria aos 36 anos. Pirou quando perdeu o irmão num acidente aéreo. Foi criada em casa pelo pai, mas era filha de outra mulher. Foi casada três vezes. Um drama. Ela escreveu: "De tudo o que nós fazemos de sincero e bem intencionado alguma coisa fica."
Percebi os trajetos tortuosos do comentário. Mas o importante é caminhar! Florbela teve uma vida que merecia um roteiro de cinema. Daria uma belíssima (e triste) história. Pena que ainda não escreveram uma biografia (ao menos nunca vi). Se eu encontrar, aviso! Acho que é a poetisa mais intensa sa língua portuguesa. Costumam compará-la com Cecília Meireles. Mas acho que enquanto a última chorava seus dramas no chuveiro ou na cama, a Florbela gritava os gritava pelas ruas. Pena que decidiu deixar a vida (ou tomar o barco) tão cedo. Mas como ela mesmo disse, tudo que é sincero e bem intencionado nos deixa algo! Ela nos deixou muito!
6 comentários:
Ta tarde, Zezinho.
Vai dormir.
Abs
Anônimo disse...
Sharon é linda! Lindíssima. E me lembra de Florbela Espanca. Veja lá se não é a cara da moça:
Amar!
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...
Grande abraço,
Laissez Faire
1 de março de 2012 20:46
Pessoal,
Tratou-se de programação errada. Fui dormir cedo.
Abs
Zelador
Laissez Faire,
O seu comentario andou caminhando pelo blog.
Sobre a Florbela Espanca, poeta portuguesa, sofrida como ninguém. Tomou o barco por iniciativa própria aos 36 anos. Pirou quando perdeu o irmão num acidente aéreo. Foi criada em casa pelo pai, mas era filha de outra mulher. Foi casada três vezes. Um drama.
Ela escreveu:
"De tudo o que nós fazemos de sincero e bem intencionado alguma coisa fica."
zelador
Percebi os trajetos tortuosos do comentário. Mas o importante é caminhar!
Florbela teve uma vida que merecia um roteiro de cinema. Daria uma belíssima (e triste) história. Pena que ainda não escreveram uma biografia (ao menos nunca vi). Se eu encontrar, aviso!
Acho que é a poetisa mais intensa sa língua portuguesa. Costumam compará-la com Cecília Meireles. Mas acho que enquanto a última chorava seus dramas no chuveiro ou na cama, a Florbela gritava os gritava pelas ruas. Pena que decidiu deixar a vida (ou tomar o barco) tão cedo.
Mas como ela mesmo disse, tudo que é sincero e bem intencionado nos deixa algo!
Ela nos deixou muito!
Laissez Faire
Um adendo. Florbela virou até MPB.
http://www.youtube.com/watch?v=wpuXPJDhFPA
Fanatismo
Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão de meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida…
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!
“Tudo no mundo é frágil, tudo passa…”
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, vivo de rastros:
“Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!…”
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