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segunda-feira, 30 de maio de 2011

BONS ORIENTADORES

Cerca de 30 políticos foram terceirizados pela Cemig para coordenar as ações do programa Energia Inteligente

Especializados no ofício de arrecadar votos, um grupo seleto de 30 ex-prefeitos ganhou uma nova missão. Foram terceirizados pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) para implementar nas bases eleitorais o Energia Inteligente.
Trata-se de um programa para combater o desperdício e aumentar a eficiência energética nos municípios mineiros.
 Entre as funções dos contratados nesse exílio de luz estão a troca de lâmpadas incandescentes por fluorescentes, mais econômicas, e a instalação de equipamentos movidos a energia alternativa, como a solar. Como o trabalho exige um mínimo de capacitação técnica, os ex-prefeitos tiveram de gastar a própria energia na realização de eventos para o eleitorado que prometem, por exemplo, a distribuição de geladeiras mais econômicas.
 Um dos coordenadores do programa da Cemig, Higino Zacarias de Sousa, admite que os ex-prefeitos foram contratados no segundo semestre de 2010, ano eleitoral, por um período de seis meses. 
Para implementar o programa Energia Inteligente, os ex-prefeitos receberam salários que chegaram a R$ 5 mil por mês.

Hoje em Dia




2 comentários:

Anônimo disse...

RUY CASTRO

Irrealismos

RIO DE JANEIRO - Nos filmes da Hollywood clássica (leia-se, do cinema surdo a, no máximo, 1965), ninguém trancava a porta do carro ao estacionar. Aliás, era tranquilo estacionar. Não se sabe por quê, todo mundo entrava ou saía do carro pelo lado do motorista. E, se o sujeito tinha de pagar o táxi, já tirava do bolso o dinheiro certo, sem olhar, e nunca esperava o troco.
Idem quanto à conta do restaurante ou do bar -era só deixar o dinheiro na mesa ou no balcão, e sair. Moeda para dar gorjeta ou para falar ao telefone não era problema -bastava enfiar a mão no bolso. Era também do bolso (do paletó, de preferência) que saía o cigarro -solto, avulso-, não de um maço ou cigarreira. O fósforo era aceso na sola do sapato ou na parede. E fumar consistia em acender o cigarro, dar uma tragada, lembrar-se de algo urgente e jogar o cigarro fora.
Mesma coisa, comer. O personagem sentava-se à mesa, punha o guardanapo no colo, dava uma garfada, e um importante compromisso obrigava-o a levantar-se e sair correndo. Fazer a barba, também. O galã ensaboava o rosto, aplicava a navalha uma ou duas vezes e, por qualquer motivo, tinha de interromper. Limpava a espuma com a toalha e, ora, veja, já estava barbeado por baixo.
Outra cena clássica era a de bater no gancho do telefone para recuperar a linha. O sujeito estava falando e a ligação era cortada. Dava, então, várias pancadinhas no gancho. Mas a linha nunca voltava. E este era o único traço de realismo naqueles filmes em que as mulheres, mesmo depois de ir para a cama sofrendo e chorando, acordavam prontas, maquiadas e lindas.
Em Brasília, também é assim. Depois de ir para a cama rindo, feliz e exultante, qualquer político importante, mesmo acusado de grossas e cabeludas falcatruas que constrangem a nação e abalam o equilíbrio político, continua acordando rindo, feliz e exultante.

Anônimo disse...

Boquinha boa, sera que tem vaga?

Chico