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quinta-feira, 11 de abril de 2013

DEGRADAÇÃO

Comentario sobre o absurdo crime que cometeram contra a menina americana e o rapaz francês, no Rio de Janeiro, na semana passada.
 
Essa degradação da humanidade está tão disseminada que, muitas vezes, deixa de nos tocar.
O que me espanta - e desanima - é que esse horror é tipicamente brasileiro. Posso estar errado, mas somos mais grosseiros, mais egocêntricos, mais agressivos e sem educação do que a população de outros países com semelhante nível de (sub)desenvolvimento.
Não estou nem tentando comparar o Brasil com os países nórdicos, com a Suíça ou com a Nova Zelândia. Coloco nossa perfídia - nossa como país - ao lado de outros latinos e vejo que chegamos, a cada dia, mais perto do fundo do poço. Somos piores que nossos vizinhos.
E o pior é nossa passividade, nossos olhos fechados à degradação da humanidade em terrae brasilis.
Parece que não nos diz respeito, os governos entram e saem e tudo continua igual e o Rio continua a ser a "cidade maravilhosa".
Preferimos nos indignar com um religioso que expõe publicamente suas opiniões na Câmara dos Deputados - lamentáveis, diga-se - do que voltar as baterias contra os mensaleiros, a criminalidade que nos assola e os péssimos níveis de educação, saúde e acesso à justiça. Nossa cidadania está jogada às traças, quase um nada, e preferimos atacar problemas que são, essencialmente, insignificantes. É que o brasileiro adora ser "moderninho". Usássemos esse nosso poder de mobilização contra o nosso desamparo público, contra nosso abandono pelo Estado, estaríamos ombreando com as nações mais desenvolvidas.
Somos intolerantes contra insignificâncias e tolerantes em face de barbáries.
Somos brasileiros e estamos arruinando o Brasil.

Laissez Faire

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