Boas perspectivas para a Selic de agosto
A ata da última reunião do Copom trouxe divergências no Conselho. Uma ala mais conservadora talvez com o presidente do BC e uma ala mais pra frente que vê possibilidade na queda da taxa de juros – Selic já em agosto. Veio desanuviar um pouco as percepções.
O comunicado da semana passada prenunciava-se muito duro o comportamento futuro do Copom. Com a interpretação da ata abrem-se as chances de termos uma queda de 0,25 num primeiro momento. Veremos o viés. Analistas apostam que a Selic poderia chegar a 12,5% em dezembro.
O que preocupa ainda é a falta de aprovação final do tal Arcabouço Fiscal no Congresso e pasmem as tentativas do CMN Conselho Monetário Nacional mexer na meta de inflação. Hoje ela está em 3,0% com variação de 1,5% para mais ou para menos. Outra aposta é mexerem no prazo da meta. Deixando de ser no ano calendário. Para um prazo maior.
O CMN é mais político e menos técnico que o Copom. Formado pelo Ministro da Fazenda, do Planejamento e pelo Presidente do BC. Mexer na metas para forçar uma queda artificial nos juros seria algo como, verificado estado febril de um paciente opta-se por alterar o termômetro em vez de combater a febre.
Embora o núcleo inflacionário tenha caído menos que os itens de maior volatilidade, ainda assim está caindo. Todos os sinais para a queda dos juros estão presentes. Inclusive com um IPCA 15 de junho muito baixo.
Lembremos que essas tomadas de decisões macroeconômicas miram muito mais no futuro do que no curto e médio prazos. Mas mudanças de expectativas são necessárias para todos. Principalmente quem quer investir em algum negócio. As taxas de juros futuros (caíram 2 pontos).
Mercado-Lógico
Viver é Perigoso
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