Quase todos já passando dos setenta, fomos um dia apaixonados por Cuba. Pela música, pela alegria e por que não, pela proximidade com Miami.
Na década de 60, acompanhamos diariamente pelos jornais o avanço de Fidel, Camilo Cienfuegos e o argentino Guevara, desde Sierra Maestra, que culminou com a derrubada do ditador Fulgêncio Batista. Ainda não se falava de comunismo e União Soviética.
Tudo se lascou, com a tintura de vermelho forte. Paredão, massacres sem julgamento, atrelamento total aos russos. Falso paraíso. Ditadura implacável.
Bloqueio econômico ferrenho dos americanos. A vida seguiu com tentativas de exportação do regime.
Debacle total com a Perestroika promovida por Gorbachev na Rússia. Fim da ajuda.
Regime cubano ainda mais fechado e pobreza, muita pobreza. Colaboração da Venezuela com o petróleo e o Brasil petista com financiamentos a fundo perdido, como se comprovou.
Por razões óbvias, as torneiras se fecharam.
Agora, mudanças.
A partir de janeiro, Cuba irá unificar as suas duas moedas. Sim, eles têm duas. O peso cubano (CUP), usado pelo Estado para pagar salários e cobrar serviços básicos, e o peso conversível (CUC), cujo valor é atrelado ao dólar e equivale a 24 CUP´s.
Para se ter uma ideia: O salário mínimo é de 400 pesos cubanos (R$ 86,00) e deverá passar, após a unificação das moedas, para 2.100 pesos cubanos (R$ 439,00). Hoje, o salário médio é de 879 pesos cubanos (R$ 187,00).
Nesses anos todos, Cuba foi uma ilha paradisíaca para os intelectuais e políticos de esquerda brasileiros. Claro, gostam de admirar bem de longe.
Arriba Cuba !
Viver é Perigoso
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