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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

SPONHOLZ

Muitos amigos, anônimos ou não, perguntam sobre o sumiço do Roque Sponholz, também amigo do Paraná, que nos honra diariamente com sua presença, desde há quase cinco anos, quando inauguramos a casa.
O Sponholz passou por uma cirurgia e encontra-se recuperando, graças a Deus. Nos informou que logo estará de volta.
Se demorar muito começaremos a republicar as suas charges. Naturalmente estarão atualizadas. Afinal, está difícil vislumbrar alguma mudança positiva no país.
Segue uma descrição dele por ele. 
 
Sponholz
Meu pai me registrou como Roque Sponholz.
Portando este é meu nome.
Sou uma porção de já fui e outras tantas de pretendo ser
e continuar sendo.
Já fui piá de andar descalço, estilingue no pescoço,
na minha pequena grande Imbituva.
Já mijei em vidro, que meu Vô Eduardo mandou para o
laboratório de análises, como se fosse o mijo dele.
(Claro que os médicos não o proibiram de continuar bebendo
e comendo tudo o que lhe aprazia).
Gosto de estudar. Ainda não consegui me livrar de
universidades. Numa delas, a Federal do Paraná, em
arquitetura e urbanismo me formei. E desde então, em outra,
a Estadual de Ponta Grossa, ministro aulas de planejamento
urbano para o curso de engenharia civil, e de desenho
técnico para o curso de engenharia de alimentos.
Já ganhei concursos de logomarcas, símbolos, cartazes,
pinturas, cartuns, arquitetura e até de frases.
Milito na Política, (com "P" maiúsculo), com mandato ou sem
mandato, desde a infância.
Atuei em diretórios acadêmicos, fui vereador, presidente
de autarquias de habitação popular e urbanismo, e de
pesquisa e planejamento urbano.
Tive a satisfação de ser eleito por duas vezes presidente
da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de P. Grossa,
a qual vi nascer, forte crescer e para a qual, criei
sua logomarca, fiz seu projeto e construí sua sede.
Em dezembro de 2005, completo 30 anos de exercício profissional,
e nestes trinta, já projetei quase de tudo em arquitetura e urbanismo.
com obras espalhadas por alguns estados.
Exalto o traço do Loredano, o cérebro do Millôr, o trabalho
e o caráter do mestre Niemeyer.
Acho o automóvel a praga deste e do passado século.
O transporte individual é o cancro de nossas cidades.
Abomino áulicos e covardes.
Sou criativo: Crio brigas, confusões e não fujo delas.
...Enfim, não tenho nada. Só tenho o que me falta.
E o que me falta, é o que me basta.
Sem lenço e sem documento, nada nos bolsos e só grafite nas mãos,
eu quero seguir vivendo pelos campos, cidades, em pequenas
ou grandes construções, caminhando, desenhando,
projetando e seguindo a canção.
 
Sponhols

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