Encontrei-me com um velho e querido amigo da terrinha, que saudoso, falou sobre os natais passados. Muita doces lembranças.
Lembrou-se de um natal, quando menino, escutou no
gramofone da casa de
seu Avô um lançamento musical em primeiríssima mão, num disco de vinil 78 RPM, que viria a
ser um grande sucesso.
Tratava-se de Jingle Bells, cantada pelo Quarteto Hayden.
Segundo ele, o seu primeiro rádio da sua casa, ainda de válvulas, da
afamada marca Emerson, foi comprado na véspera de Natal, na
Casa Rádio Rei localizada na Rua Nova.
No Natal de seus quinze anos, ganhou de seus avós um terno
comprado na "A Liberty" que veio acompanhado de um chapéu Ramenzoni e meia duzia de cuecas Ban-Tan.
Comprou, para sua namorada da época, na Eletrolândia Santa Therezinha, um disco LP do Bing Crosby, com a música White Christmas.
Disse que ela adorou e chorou ao ouvir.
Panetone? Não existia ainda. O tradicional era
a rabanada.
Ainda se comiam cabritos assados.
Chique era dar de presente uma cesta de natal Amaral ,
comprada em janeiro,
com pagamentos
mensais até dezembro.
Árvores de Natal ? Só de pinheirinhos naturais.
As casas comerciais presenteavam os bons clientes com calendários, que eram tratados por "folhinhas". As farmácias do Sr. Rui Braga, do Sr. Vitor e do Sr. Eduardo, distribuiam exemplares do Almanaque Biotônico Fontoura, que continham piadinhas, fases da lua e pequenas recomendações.
Segundo ele, naquele tempo no natal comemorava-se o nascimento de Cristo.
Era sagrado ir à missa do Galo, que começava as 22:00 horas e terminava antes da meia-noite.
E suspirando, resmungou: - Bons tempos...
ER
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